Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Arqueologia

Após séculos, pesquisadores descobrem que fósseis foram classificados de forma errada

Em vez de pertencerem a tubarões, como antes pensado, os vestígios fossilizados na verdade viriam de outras espécies

Ingredi Brunato Publicado em 11/11/2020, às 15h30

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Ilustração de pterossauro da espécie Ornithostoma - Domínio público
Ilustração de pterossauro da espécie Ornithostoma - Domínio público

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Porstmouth, na Inglaterra, identificou fósseis que foram classificados errado em dois museus britânicos diferentes. Embora estivessem entre a coleção de espinhos de barbatanas de tubarão, os ossos seriam de duas origens diferentes: da mandíbula de um pterossauro (réptil voador pré-histórico) e de uma espécie não identificada. 

Os cientistas foram capazes de fazer a diferenciação através de características muito sutis, que teriam passado despercebidas pelos primeiros paleontólogos a analisarem os fósseis, séculos antes. 

As coleções dos dois museus teriam vindo de minas de fosfato que foram exploradas durante o período vitoriano. Foram os mineiros que encontraram os restos fossilizados, entre 1851 e 1900, vendendo-os para arqueólogos. 

Coleção de espinhos de barbatana de tubarão de um dos museus / Crédito: Divulgação

Atualmente, todavia, não é mais possível investigar as rochas das cavernas onde foram encontrados os ossos. O que apenas contribui para o enigma do fóssil que não pertence nem a um tubarão, nem a um pterossauro.  

“Dois dos espécimes descobertos podem ser identificados como um pterossauro chamado Ornithostoma, mas um espécime adicional é claramente distinto e representa uma nova espécie. É um mistério paleontológico.”, explicou o paleontólogo Roy Smith, que liderou a investigação, segundo apurado pelo portal britânico Daily Mail

Apesar disso, o especialista não pretende que seja um mistério por muito tempo: "Tenho esperança de que outras coleções de museus possam conter mais exemplos e, assim que as restrições COVID forem suspensas, continuarei minha pesquisa", acrescentou ele.