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Notícias / Pré-História

Crânio de 2 milhões de anos revela característica incomum sobre nossos ancestrais distantes

O fóssil foi encontrado na África do Sul e passou por uma pesquisa intensa nos últimos dois anos

Alana Sousa Publicado em 10/11/2020, às 11h30

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Esqueleto milenar encontrado - Divulgação/Universidade La Trobe
Esqueleto milenar encontrado - Divulgação/Universidade La Trobe

Nas cavernas Drimolen, localizada nas proximidades de Joanesburgo, na África do Sul, pesquisadores encontraram um crânio de 2 milhões de anos de uma espécie pré-histórica que é conhecida como um primo distante dos seres humanos. A descoberta foi feita por especialistas da Universidade La Trobe, da Austrália, que hoje, 10, apresentaram resultados dos estudos detalhados na revista Nature Ecology and Evolution.

O hominídeo chamado Paranthropus robustus foi encontrado a primeira vez em 1938, por isso, todos os vestígios de sua existência são considerados raros e de grande valor arqueológico — e histórico. Essa espécie está mais próxima do Homo erectus, porém, mais pelo período em que viveram do que características em comum.

Fóssil do Paranthropus robustus / Crédito: Divulgação/Universidade La Trobe

Em entrevista à ABC News, a paleoantropologista Angeline Leece, explicou algumas diferenças entre nossos ancestrais. “Essas duas espécies muito diferentes - Homo erectus com seus cérebros relativamente grandes e dentes pequenos, e Paranthropus robustus com seus dentes relativamente grandes e cérebros pequenos - representam experimentos evolutivos divergentes”. E acrescentou: “Embora sejamos a linhagem que venceu no final, há dois milhões de anos o registro fóssil sugere que Paranthropus robustus era muito mais comum do que o Homo erectus na paisagem”.

O crânio, apesar de ter sido descoberto em 2018, demorou dois anos para ser analisado. Agora, os estudiosos concluíram que ao contrário do que se pensava, este crânio masculino aponta uma semelhança maior em tamanho em relação ao crânio feminino, do que outros já estudados. Assim, indicando uma evolução dentro da própria espécie.

“Como todas as outras criaturas na Terra, para permanecerem bem-sucedidos nossos ancestrais se adaptaram e evoluíram de acordo com a paisagem e o ambiente ao seu redor”, revelou o arqueólogo Andy Herries.