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Notícias / Crimes

Assassinato arquivado: Suspeito é identificado por crime brutal após 36 anos

Em 1987, à época com 16 anos, Bryan Scott Bennett teria matado Catherine Sposito durante uma trilha no Arizona; caso só foi solucionado recentemente!

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 05/09/2023, às 14h03

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Bryan Scott Bennett, responsável pelos crimes - Gabinete do Xerife do Condado de Yavapai
Bryan Scott Bennett, responsável pelos crimes - Gabinete do Xerife do Condado de Yavapai

Catherine Sposito tinha apenas 23 anos quando foi encontrada ensanguentada e morta ao longa da trilha Thumb Butte em Prescott, no Arizona. Na manhã do dia 13 de junho de 1987, durante a caminhada, Cathy foi atacada com uma pedra e uma chave-inglesa; além de ter tomado um tiro no olho e ter sido esfaqueada na cabeça.

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Outras pessoas a ouviram gritar e correrem para ajudá-la, mas quando chegaram ao seu encontro, ela já estava morta. As investigações do assassinato de Sposito logo estagnaram e um suspeito jamais foi detido.

Cathy Sposito/ Crédito: Gabinete do Xerife do Condado de Yavapai

Mas nos últimos dias, as autoridades locais enfim colocaram um ponto final no caso: o responsável seria um predador sexual em série chamado Bryan Scott Bennett.

Estou dizendo hoje com grande confiança que Cathy Sposito foi assassinada por Bryan Scott Bennett", disse o xerife do condado de Yavapai, David Rhodes, a repórteres em uma entrevista coletiva na semana passada.
Coletiva de Rhodes/ Crédito: Divulgação

A polícia aponta que Bennett tinha apenas 16 anos quando assassinou Cathy brutalmente. Sposito, porém, não foi sua única vítima. Ele ainda atacou, pelo menos, outras três mulheres, repercute a ABC News.

Os crimes de um predador

Anos após o assassinato de Cathy, em abril de 1990, Bryan foi acusado de agredir sexualmente outra mulher naquela mesma trilha, em um horário próximo ao da morte de Sposito. A nova vítima estava caminhando na companhia de seu namorado.

Naquele mesmo ano, Bennett ainda teria trancado uma garota em um quarto durante uma festa em sua casa e tentado abusar sexualmente da vítima. Já em junho de 1993, ele teria sequestrado uma mulher em uma agência dos correios em Prescott, a agredido sexualmente e ameaçado matá-la porque ela "viu seu rosto".

O sujeito chegou a ser preso pelo caso da agressão na festa e do ataque à outra mulher na trilha, mas conforme repercute o All That Interesting, Bryan Scott nunca foi condenado devido à falta de provas. Em 1994, ele se mudou para Kentucky e se suicidou pouco depois.

Por décadas, o caso do assassinato de Sposito e da outra agressão na trilha permaneceram arquivados. Mas, de acordo com a KVOA, um grupo de voluntários da Unidade de Casos Arquivados do Xerife do Condado de Yavapai decidiu reabrir as investigações. Com a ajuda da tecnologia da análise de DNA, eles conseguiram identificar Bennett como o culpado.

Em 2020, a Unidade de Casos Arquivados começou a investigar a agressão sexual não resolvida de 1990. O DNA desse caso os levou a dois homens: irmãos que moravam na região na época. Então, os investigadores descobriram que um deles, Bryan Scott Bennett, estava ligado a outras agressões sexuais.

Assim, em novembro de 2022, os restos mortais de Bennett foram exumados para a coleta de amostras de DNA — que correspondia à agressão sexual de 1990 e ao material genético encontrado na chave-inglesa usada para assassinar Cathy.

Ferramenta usada no crime/ Crédito: Gabinete do Xerife do Condado de Yavapai

Importante ressaltar, porém, que o DNA de outras pessoas foram encontradas na ferramenta, o que fez com que o caso não fosse encerrado oficialmente ainda. "Mesmo que haja um grau extraordinariamente alto de probabilidade de que Bryan Scott Bennett a tenha matado, sempre coletamos novas informações", disse Rhodes à ABC News.

Para Renee Sandoval, a mulher sequestrada por Bennett em 1993, a descoberta traz uma sensação de encerramento. Ela, que tinha 22 anos na época, foi resgatada quando a polícia parou o carro de Bennett, mas a vítima nunca o viu condenado por seu crime.

Ela agradeceu ao Gabinete do Xerife do Condado de Yavapai por "dar crédito à sua experiência e por trazer um pouco de paz a Cathy Sposito". E também declarou: "Quero começar agradecendo, Deus. Dou-lhe toda a glória porque ele estava comigo naquela noite. Eu rezei. Ele falou comigo. Ele é a razão pela qual estou aqui hoje."

Os crimes de Bryan Scott Bennett, porém, podem não parar por aqui, visto que os investigadores suspeitam que, dada a frequência e consistência dos seus ataques, ele poderia ter mais vítimas por aí.

O que sabemos sobre predadores violentos graves como este é que é muito improvável, dada a frequência com que ele estava disposto a agir, que estes sejam os únicos quatro casos que existem", explicou Rhodes, que agora apela ao público para apresentar qualquer nova informação.