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Notícias / Espaço

Astronautas podem sofrer com disfunção erétil por décadas após viagem ao espaço

Estudo financiado pela NASA analisou impacto das viagens ao espaço na fisiologia humana; entenda!

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 22/11/2023, às 09h59

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Imagem ilustrativa - Pixabay
Imagem ilustrativa - Pixabay

Desde do começo da era espacial, pesquisadores estudam o impacto das viagens na fisiologia humana — o que pode ocasionar a perda de peso, risco elevado de câncer, desgaste muscular e diversos outros problemas. Mas um deles, até então, jamais havia sido notado: a disfunção erétil.

Através de uma pesquisa conduzida por especialistas da Florida State University e da Wake Forest University School of Medicine, da Carolina do Norte, financiados pelas NASA, constatou-se que a exposição à radiação galáctica e à microgravidade, em menor grau, podem prejudicar a função dos tecidos erécteis — o efeito, inclusive, pode durar por décadas.

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"Tem havido um interesse crescente dentro da indústria espacial por expedições tripuladas de longa duração à Lua e Marte", aponta o artigo, publicado no The FASEB Journal.

Essas descobertas indicam que o voo espacial simulado exerce um comprometimento de longo prazo da função erétil neurovascular, o que expõe um novo risco à saúde a ser considerado na exploração do espaço profundo".

Apesar da preocupação, o Dr. Justin La Favor, especialista em disfunção neurovascular na Florida State University e autor sênior do estudo, aponta que com o tratamento adequado "a disfunção erétil pode ser tratável" nos astronautas.

"Embora a disfunção erétil afete mais da metade dos homens com mais de 40 anos e represente um fator importante para a satisfação com a vida, as consequências das viagens espaciais na função erétil ainda são obscuras", dizem os pesquisadores.

O estudo

Para a pesquisa, a equipe usou 86 ratos machos para explorar o impacto dos voos espaciais na fisiologia masculina. Numa série de experimentos, grupos foram suspensos com os seus membros posicionados para cima (para simular a ausência de peso devido à microgravidade) e até foram expostos a diferentes níveis de radiação cósmica no Laboratório de Radiação Espacial da NASA, em Nova York.

As avaliações duraram cerca de um ano e constatou dois problemas relacionados à disfunção erétil nos ratos: estresse oxidativo e disfunção endotelial — que podem prejudicar o fluxo sanguíneo para o pênis.

Coletivamente, estes resultados sugerem que a função neurovascular dos tecidos erécteis pode ser prejudicada durante o resto do período de saúde sexual dos astronautas após o regresso à Terra depois de uma exploração prolongada do espaço profundo", finalizam.