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Notícias / Brasil

Aumenta em 65% o numero de crianças que não aprenderam a ler e escrever

As dificuldades enfrentadas durante a pandemia resultaram em um grande déficit na educação brasileira

Redação Publicado em 08/02/2022, às 09h41

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Crianças escrevem em caderno - Imagem de klimkin via Pixabay
Crianças escrevem em caderno - Imagem de klimkin via Pixabay

Segundo levantamento divulgado hoje pela ONG Todos pela Educação, 40,8% das crianças brasileiras entre 6 e 7 anos não sabiam ler ou escrever no ano de 2021. A entidade, que aponta as dificuldades de ensino enfrentadas durante a pandemia como causa do fenômeno, utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE.

Conforme a fonte, o número de crianças não alfabetizadas nessa faixa etária saltou de 1,429 milhão em 2019 (equivalente a 25,1% dos alunos) para 2,367 milhões (40,8%) no ano passado. O aumento foi, portanto, de 65,6% no período.

O levantamento não leva em consideração as crianças amarelas, indígenas e não declarantes. Caso esses grupos fossem considerados, o aumento seria de 66,3%, conforme apontou o portal de notícias G1.

A pesquisa constatou que, em 2021, 47,4% das crianças pretas entre 6 e 7 anos de idade não sabiam ler e escrever. Entre as pardas, a porcentagem foi de 44,5%. Já entre as crianças brancas, a taxa foi menor: 35,1%.

Contudo, o levantamento revelou que a taxa de crescimento do analfabetismo foi maior entre as crianças brancas: 88,5%. Entre as pretas o aumento foi de 69% e, entre as pardas, de 52,7%.

Para Gabriel Corrêa, líder de políticas educacionais do Todos Pela Educação, os dados analisados evidenciam desigualdades preexistentes à pandemia.

"Claro que todos foram afetados, mas neste cenário as mais prejudicadas foram as crianças negras, as mais pobres, que já tinham um desnível no acesso à educação em relação às crianças brancas e às ricas", afirmou.

"A evasão escolar já é maior entre pretos e pardos. Se não houver políticas públicas para reparar as aprendizagens dessas crianças, em alguns anos esse pode ser mais um dos motivos que vai levá-las a abandonar a escola", considerou Correa.