Pai de aluno denunciou passagens da Bíblia por possuir trechos sobre incesto, prostituição e estupro
Uma polêmica lei estadual que vigora nos Estados Unidos permite que colégios retirem livros que sejam considerados inadequados para estudantes. Em abril, a versão em quadrinhos do Diário de Anne Frank foi censurada na Flórida. Já na última sexta-feira, 2, escolas em Utah fizeram o mesmo com a Bíblia.
A proibição aconteceu depois que o pai de um estudante denunciou o livro sagrado por seu conteúdo "pornográfico", devido passagens com teor sexual e violento, repercutiu o jornal The Salt Lake Tribune.
O responsável pelo aluno relatou que a Bíblia possui trechos sobre incesto, prostituição e estupro, considerando-a essencialmente "pornográfica", segundo a polêmica lei aprovada em 2022.
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A denúncia aconteceu no distrito escolar de Davis em dezembro do ano passado e, desde então, uma longa análise foi iniciada pelo comitê dedicado ao assunto. O grupo decidiu pela remoção da Bíblia em sete ou oito escolas do ensino fundamental I e II. Entretanto, os centros de ensino médio não sofrerão com as implicações.
Em um primeiro momento, o legislador republicano Ken Ivory, que promoveu a lei que 'censura' os livros em sala de aula, havia criticado o rótulo de "pornográfico" dado à Bíblia; alertando que a proibição do livro sagrado seria uma "piada" e uma deturpação política.
Entretanto, com a decisão da última sexta-feira, ele voltou atrás e até mesmo deu os parabéns para o comitê que votou pela censura. Em suas redes sociais, ele chamou a Bíblia de "leitura complicada" para estudantes mais jovens.
Ivory ainda acrescentou que "tradicionalmente, nos Estados Unidos, a Bíblia é melhor ensinada e melhor compreendida em casa e ao redor da lareira, como uma família".
