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Notícias / Charles Darwin

Biblioteca completa de Darwin é recriada pela primeira vez após sua morte

Naturalista britânico e autor do clássico ‘A Origem das Espécies’, Charles Darwin completaria 215 anos neste dia 12 de fevereiro

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 12/02/2024, às 11h08

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Retrato de Charles Darwin - Wikimedia Commons
Retrato de Charles Darwin - Wikimedia Commons

Em 1859, Charles Darwin apresentou ao mundo seu revolucionário 'A Origem das Espécies' — mostrando sua teoria de que as formas de vida evoluem ao longo das gerações por meio de um processo de seleção natural. 

Neste 12 de fevereiro, o naturalista britânico completaria 215 anos. E para homenageá-lo, o projeto Darwin Online remontou virtualmente sua biblioteca, revelando pela primeira vez os livros, periódicos e panfletos que foram lidos e citados por Darwin ao longo dos anos. 

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Assim, um catálogo de 300 páginas compila os 7.400 títulos originais e 13.000 volumes que fizeram parte da coleção do naturalista — tudo isso com cerca de 9.300 links que permitem a leitura gratuita das obras que o britânico leu. 

"Esta visão detalhada sem precedentes da biblioteca completa de Darwin permite apreciar mais do que nunca que ele não era uma figura isolada trabalhando sozinha, mas um especialista de seu tempo, baseado na ciência sofisticada, nos estudos e em outros conhecimentos de milhares de pessoas", aponta o Dr. John van Wyhe, historiador da ciência na Universidade Nacional de Singapura e líder do projeto. 

Na verdade, o tamanho e a variedade de obras na biblioteca manifestam a extraordinária extensão da investigação de Darwin no trabalho de outros", continua Wyhe, conforme repercute a CNN Brasil. 

A biblioteca de Darwin

O levantamento foi baseado no 'Catálogo da Biblioteca de Charles Darwin', registro mantido pelo próprio em vida. O manuscrito de 426 páginas foi escrito em meados de 1875. Após sua morte, cerca de sete anos depois, sua biblioteca permaneceu preservada e registrada em um primeiro momento, mas grande parte do conteúdo se perdeu ao longo dos anos. 

Por volta de 15% da coleção física foi mantida pela Universidade de Cambridge e pela casa da família do naturalista, a Down House, na Inglaterra, que possui 1.480 livros. O processo para compilar a coletânea demorou 18 anos. 

Embora Charles Darwin mantivesse um registro detalhado de seu acervo, muitas formas abreviadas foram usadas para se referir a panfletos e periódicos. Os pesquisadores também se depararam com a incidência da falta de autores, fontes ou datas. 

Para preencher essas lacunas, aponta a CNN, os estudiosos fizeram uma varredura não só na lista de obras escritas no período, como também analisaram documentos e cartas familiares manuscritas do naturalista, assim como seus cadernos de leitura e os diários de sua esposa, Emma Darwin — o que resultou na descoberta de milhares de títulos desconhecidos

"Foram cerca de 5.000 pequenas histórias de detetive – tentando descobrir qual autor ou artigo Darwin citava – é uma alegria encontrar ouro e encontrar a fonte exata a que ele estava se referindo", celebra van Wyhe

Podemos agora mostrar que originalmente ele tinha muito mais em sua impressionante biblioteca", finaliza.