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Notícias / Cinema

Brasileiro vencedor do Oscar fala sobre sua experiência com "Nada de Novo no Front"

Produtor do filme alemão é brasileiro; a produção sobre a Primeira Guerra Mundial levou quatro Oscars para casa

Eduardo Lima, sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 17/03/2023, às 12h17

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O produtor brasileiro Daniel Dreifuss no Festival de Cinema de Zurich de 2022, durante a estreia de "Nada de Novo no Front" - Remy Steiner/Getty Images
O produtor brasileiro Daniel Dreifuss no Festival de Cinema de Zurich de 2022, durante a estreia de "Nada de Novo no Front" - Remy Steiner/Getty Images

Daniel Dreifuss, de 44 anos, é um produtor de cinema que, desde o último domingo, 12, é também o mais novo brasileiro a ganhar um Oscar, o principal prêmio da indústria do cinema. O mineiro de Belo Horizonte, filho de carioca e apaixonado pelo Carnaval, já está em Los Angeles há 20 anos, onde começou a trabalhar com cinema. Ele ganhou um Oscar pelo filme "Nada de Novo no Front", distribuído pela Netflix.

Agora que venceu o principal prêmio de Hollywood com o filme inspirado no livro de Erich Maria Remarque, ele mostrou interesse em produzir filmes no seu país de nascimento, em entrevista à CARAS Brasil. O produtor já tem três projetos preparados para a indústria brasileira. Dois desses serão minisséries, enquanto um será um filme longa-metragem.

Dreifuss conta que as minisséries que está desenvolvendo no Brasil serão baseadas em obras de um escritor norte-americano e do jornalista brasileiro Fernando Molica. O produtor ainda falou que o cinema nacional é interessante e tem "novas potências" trabalhando, mas que, por ainda ser muito dependente de apoio governamental, sofreu nos últimos 4 anos de Jair Bolsonaro, que, para ele, foram "um desastre para a cultura".

Vida

Daniel nasceu na Escócia enquanto seu pai, o cientista político René Dreifuss, estudava para um doutorado. Porém, ele cresceu em Belo Horizonte, onde começou a assistir filmes europeus clássicos com sua mãe. Ele fez faculdade de publicidade no Rio de Janeiro e, em 2003, juntou o que tinha em duas malas e foi para Los Angeles, nos Estados Unidos,

Lá, ele estudou na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), conseguiu um mestrado em produção e recebeu uma indicação ao Oscar de 2013 com o primeiro filme que produziu: "No", do chileno Pablo Larraín e estrelando Gael García Bernal, que trata do plebiscito para o fim da ditadura no Chile.

Dreifuss conta que um primo de seu avô foi um dos jovens que morreu nas últimas horas da Primeira Guerra Mundial, como na história do filme pelo qual ganhou o Oscar, "Nada de Novo no Front". Essa ligação pessoal e a posição "pacifista e antibélica", segundo ele, levaram o produtor a essa obra, que venceu os prêmios de Melhor Filme Internacional, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte e Melhor Trilha Sonora Original.