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Notícias / Comportamento

‘Bromance’ na literatura pode ajudar a coibir masculinidade tóxica, diz professor

Amizades como Sherlock Holmes e Dr. Watson ou Frodo e Sam podem ajudar com ‘abertura emocional’ de jovens, defende docente em livro "Boys Do Cry"

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 17/05/2023, às 12h19

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Frodo Bolseiro e Sam em 'O Senhor dos Anéis' - Divulgação/ Warner Bros. Pictures
Frodo Bolseiro e Sam em 'O Senhor dos Anéis' - Divulgação/ Warner Bros. Pictures

Professor de inglês, Matt Pinkett é conhecido por desafiar a masculinidade tóxica entre garotos, lutando para que jovens abracem a 'abertura emocional' de amizades masculinas próximas, popularmente conhecido como 'bromance'

O termo em inglês vem da junção das palavras 'brother' e 'romance', mas não significa que a relação precisa ser sexual entre as pessoas, apenas que haja uma intimidade homossocial.

Em seu novo livro (que ganhou o título provisório de Boys Do Cry — ou 'Meninos Choram' em tradução livre — que deverá ser lançado no próximo mês), Pinkett defende que relações como a de Sherlock Holmes e Dr. Watson ou Frodo Bolseiro e Sam Gamgee (O Senhor dos Anéis) pode promover esse tipo de amizades masculinas íntimas

Sherlock Holmes e Dr. Watson em Sherlock/Crédito: Divulgação

Na obra, o docente adverte que os personagens masculinos que os meninos se 'inspiram' na literatura escolar não são "grandes exemplos de bondade masculina", citando os casos de Ebenezer Scrooge, de 'Um Conto de Natal', de Charles Dickens, por ser "um pouco entorpecido"; ou Macbeth, de Shakespeare, que "mata muita gente", repercute o Daily Mail.

Boys Do Cry

Em Boys Do Cry, o professor Matt Pinkett reuniu evidências de funcionários da escola, especialistas em bem-estar e terapeutas para incentivar os professores a tornarem os relacionamentos masculinos íntimos uma "norma". 

O livro também ajuda a discutir as barreiras do 'bromance', como o medo do ridículo ou quando pessoas questionam a sexualidade dos meninos quando eles cultivam uma amizade próxima com outros garotos. 

"Não estou sugerindo que devamos tentar ser terapeutas — isso nunca funcionaria", diz Pinkett ao MailOnline. "Mas o fato é que estamos diante dessas crianças durante grandes períodos de suas vidas".

Se pudermos falar positivamente sobre as emoções masculinas e demonstrar maneiras de lidar com sentimentos problemáticos, isso seria uma coisa poderosa", ressalta.

Por fim, ele acrescentou: "Precisamos ensinar os meninos a serem gentis e que é normal ser vulnerável e emocionalmente articulado".