Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Arqueologia

Cemitério de vítimas de peste negra no século 18 é descoberto na Polônia

Uma construção na cidade de Mikołajki revelou esqueletos de 100 pessoas em 60 tumbas

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 25/08/2021, às 13h44

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Cemitério do século 18 revelado na Polônia - Divulgação/Facebook/Jarosław Puszko
Cemitério do século 18 revelado na Polônia - Divulgação/Facebook/Jarosław Puszko

Na cidade de Mikołajki, Polônia, operários estavam trabalhando na construção de um complexo de apartamentos quando se depararam com túmulos contendo restos mortais humanos. Tratava-se de vítimas da peste negra durante o século 18.

O portal SmithSonian, com informações do site local First News, relata que o local era um cemitério onde foram sepultadas pessoas mortas devido a epidemia da praga que se instalou na região durante a Grande Guerra do Norte, entre 1700 e 1721.

As análises foram feitas pelos pesquisadores da Fundação Jerzy Okulicz-Kozaryn Dajna, que examinaram os 100 restos mortais descobertos em 60 túmulos identificados na construção. 

Escavações revelam cemitério do século 18 na Polônia / Crédito: Divulgação/Facebook/Mateusz Klimek

Segundo os especialistas, muitas tumbas encontradas guardam os esqueletos de famílias inteiras, vítimas da praga. Os mortos começaram a ser enterrados no local entre 1710 e 1711, período em que a epidemia começou a se espalhar por Mazury.

“Fontes escritas mencionam que não havia lugares no cemitério da igreja e, portanto, os mortos foram enterrados na estrada para Mrągowo”, afirmou Agnieszka Jaremek, vice-presidente da Fundação Dajna. “Tudo indica que descobrimos este lugar.”

Além dos túmulos do século 18, os cientistas também descobriram outro cemitério separado que remonta a um período posterior, usado ao longo do século 19, quando a praga já havia passado. 

Segundo Jaremek, essas tumbas “são diferentes dos túmulos das vítimas da peste, menos ordenados, em várias camadas”. 

Os restos mortais deverão continuar sendo analisados pelos pesquisadores e, após os exames serem finalizados, serão enterrados em uma vala comum em um cemitério na região.