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Notícias / Arqueologia

Cosmético milenar: Batom mais antigo do mundo é descoberto no Irã

A substância usada para pintura labial parece ter sido fabricado seguindo uma fórmula muito semelhante às usadas atualmente pela indústria cosmética

Ingredi Brunato Publicado em 14/02/2024, às 13h05

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Imagens mostrando o artefato encontrado e de composição mineralógica do batom - Divulgação/ Scientific Reports
Imagens mostrando o artefato encontrado e de composição mineralógica do batom - Divulgação/ Scientific Reports

Um estudo científico publicado recentemente na Scientific Reports anuncia a descoberta do mais antigo batom já encontrado. O cosmético foi achado no interior de um frasco datado da Idade do Bronze — ou, mais especificamente, do milênio 2 a.C.

De pigmentação vermelha, ele havia sido feito através da mistura de hematita, manganita e braunita, que são substâncias minerais, com ceras de origem vegetal e outros materiais orgânicos.

Enquanto os minérios conferiam a cor ao objeto, sua base orgânica determinava a consistência, conforme repercutido pelo portal Greek Reporter. As receitas modernas de batom, aliás, seguem fórmulas semelhantes. 

Origens da maquiagem  

O cosmético ancestral foi fabricado pelo governo de Marḫaši, cujo reino nunca teve sua localização determinada com precisão. Ele costuma ser referenciada, porém, por textos produzidos na Mesopotâmia, e alguns cientistas acreditam que o regime foi parte da civilização Jiroft. 

Esse povo antigo ficava assentado em um vale repleto de rochas, de forma que tinha ampla fonte de matérias-primas para a criação de cosméticos. Além disso, as evidências históricas indicam que as sociedades mesopotâmias possuíam um bom conhecimento sobre processos químicos. 

A descoberta recente ajuda a reconstruir uma parte importante do passado da indústria da maquiagem. Já possuíamos evidências de lápis de olho, delineadores e sombras sendo desenvolvidos há 5 mil anos, mas, quando se trata de pinturas labiais, esse é o vestígio mais antigo a ser encontrado até agora. 

Outro detalhe importante é que a civilização Jiroft teve vários de seus cemitérios saqueados no início deste milênio, de forma que muitas informações valiosas sobre ela infelizmente se perderam antes de chegar aos arqueólogos.