Apesar de muitos acharem que os grandes predadores viveram muitas décadas, o resultado da pergunta pode ser surpreendente; confira!
Isabelly de Lima Publicado em 29/01/2024, às 11h59
Os dinossauros, majestosas criaturas que um dia governaram a Terra, têm deixado aos paleontólogos um legado fascinante, revelando segredos sobre sua defesa, alimentação e até mesmo sobre suas idades. Uma pergunta intrigante persiste: será que seus fósseis guardam pistas sobre a longevidade desses animais?
A resposta, surpreendentemente, é sim. Essas pistas são encontradas nos "anéis de crescimento" presentes nos ossos fossilizados dos dinossauros, semelhantes aos anéis de crescimento em árvores. Uma descoberta relativamente recente, esses anéis têm proporcionado insights sobre a expectativa de vida desses gigantes pré-históricos.
Contrariando a expectativa inicial, estudos revelam que a maioria dos dinossauros não-aviários não alcançava idades avançadas, apesar de seu tamanho colossal. O famoso Tiranossauro rex chamado Sue, do Museu Field de Chicago, por exemplo, faleceu aos 28 anos, conforme indicado por seus anéis de crescimento. Mesmo dinossauros herbívoros, como os de bico de pato, tinham vidas relativamente curtas, vivendo apenas uma ou duas décadas.
Steve Brusatte, paleontólogo de vertebrados da Universidade de Edimburgo, na Escócia, disse ao WordsSideKick.com: "Acho que muitas pessoas podem ter a impressão de que pelo menos alguns dinossauros ficaram muito grandes porque viveram por muito tempo". "Certamente, os cientistas costumavam pensar isso".
Essas descobertas surpreenderam os paleontólogos, desafiando a noção anterior de que dinossauros gigantes teriam vidas longas, semelhantes aos grandes animais modernos, como elefantes e baleias-da-groenlândia, de acordo com o Live Science.
Os anéis de crescimento, formados por mudanças anuais no crescimento ósseo, permitem uma estimativa precisa da idade dos dinossauros. No entanto, algumas complicações surgem, como a influência da cavidade medular que pode apagar anéis antigos, e diferentes tipos de ossos que oferecem registros de crescimento mais limpos.
Apesar de não viverem tanto quanto alguns animais modernos de grande porte, os dinossauros compartilham algumas semelhanças. Animais maiores, geralmente, tendem a viver mais do que os menores, o que também se aplica aos dinossauros. Saurópodes, os gigantes comedores de folhas com pescoço longo, provavelmente tiveram as vidas mais longas, atingindo até cerca de 60 anos.
As razões para a curta expectativa de vida dos dinossauros ainda são objeto de especulação. Metabolismo acelerado e reprodução em larga escala são algumas hipóteses. A verdade permanece parcialmente enterrada, aguardando que novas descobertas paleontológicas revelem mais sobre os mistérios da vida dos dinossauros.
