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Notícias / França

'Dar futuro às crianças brancas': Campanha xenófoba ganha espaço na França

Partido da França distribuiu cartazes racistas e xenofóbicos na região de Lorraine, ao norte do país, gerando polêmica e processos judiciais

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 27/06/2024, às 16h11

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Cartaz francês com a frase "vamos dar um futuro às crianças brancas" - Imagem: Reprodução
Cartaz francês com a frase "vamos dar um futuro às crianças brancas" - Imagem: Reprodução

A ascensão da extrema direita na França tem escancarado campanhas abertamente xenófobas. Nesta semana, o Partido da França, um grupo ultraconservador, causou indignação ao distribuir cartazes em Lorraine com a imagem de um garoto branco de olhos azuis e o slogan: "Vamos dar um futuro às crianças brancas." Este episódio ocorre às vésperas da eleição para a nova Assembleia Geral, que se inicia no próximo fim de semana.

Marine Le Pen, líder de um movimento semelhante que atualmente encabeça as pesquisas, espera obter votos suficientes para nomear um primeiro-ministro. Seu partido tem questionado a lealdade dos franceses com dupla nacionalidade e até a capacidade do presidente Emmanuel Macron de comandar as Forças Armadas.

Embora o cartaz em Lorraine não tenha sido produzido pelo movimento de Le Pen, chama atenção para o ódio. O Partido da França declarou em seu site que a campanha foi "um verdadeiro sucesso" e que todos os cartazes foram distribuídos. O grupo, fundado por Carl Lang, ex-secretário-geral do partido, promete continuar divulgando seus slogans ofensivos por toda a França.

Substituição

Segundo o UOL, após a polêmica, o partido decidiu retirar o cartaz, mas anunciou que o substituirá por outro, promovendo a "remigração" — a expulsão de estrangeiros. "Que eles regressem para a África!", dirá o novo texto.

Pierre-Nicolas Nups, líder do partido na região, defendeu a mensagem como "uma esperança para a nossa juventude." Em 2017, Nups foi condenado a seis meses de prisão com pena suspensa e cinco anos de inelegibilidade por incitação ao ódio homofóbico.

A prefeitura de Neuves-Maisons processou o partido por "provocação à discriminação e ao ódio."

Esta não é uma manifestação política, é uma manifestação sectária, que demoniza e estigmatiza," declarou o prefeito Pascal Schneider.