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Notícias / Ciência

Derretimento do gelo do Polo Norte pode liberar gás causador de câncer, diz estudo

Reservatórios de um gás cancerígeno poderão ser liberados na superfície de diversos países devido ao degelo causado pelo aquecimento global; entenda!

Ingredi Brunato Publicado em 28/02/2024, às 10h18

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Fotografia mostrando derretimento de gelo no Alasca - Getty Images
Fotografia mostrando derretimento de gelo no Alasca - Getty Images

Um artigo científico publicado na revista Earth's Future no início deste ano de 2024 revelou um perigo até então desconhecido que pode ocorrer por conta do derretimento do permafrost localizado na região subártica, que fica próxima ao Polo Norte do planeta. 

O permafrost, vale explicar, é um tipo de solo que permanece congelado durante todas as estações do ano. Devido ao aquecimento global, no entanto, ele está sofrendo um degelo. O problema é particularmente frequente em locais frios do hemisfério norte, como Alasca, Canadá, Islândia, regiões da Sibéria e outras no norte da Rússia, etc. 

O que causa preocupação aos cientistas, por sua vez, são as reservas de radônio — um gás denso que é nada menos que o maior causador de câncer de pulmão entre as pessoas que não fumam — que costumam ficar por baixo desse tipo de solo.

Bomba relógio 

Com o afinamento da camada de gelo, por sua vez, o radônio pode alcançar a superfície, causando prejuízos ao organismo das pessoas que vivem na área. O problema é explicado por Paul Glover, um dos autores do estudo, em um comunicado ao público repercutido pelo portal IFL: 

Se o permafrost fosse estável, não haveria motivo para preocupação. No entanto, é agora amplamente reconhecido que as alterações climáticas estão a levar a um degelo significativo do permafrost, com uma perda esperada de 42% de permafrost na Região Permafrost Circumpolar do Árctico (ACPR) até 2050", apontou ele. 

Glover ainda acrescentou que os dados expostos em seu artigo "mostram claramente" que o radônio, após ser liberado do solo, "permanecerá acima dos níveis de ação da radiação durante quatro a sete anos", oferecendo uma ameaça significativa à saúde dos moradores da região subártica. 


+ Confira o estudo na íntegra clicando neste link.