“Parece que não temos escolha a não ser abrir um processo por difamação contra a Liga Antidifamação”, afirmou Musk em seu perfil do X
Redação Publicado em 05/09/2023, às 14h32
Na última segunda-feira, 4, Elon Musk, dono da X (falecido Twitter), afirmou em seu perfil da plataforma que considera processar a Liga Antidifamação (ADL) por queixas infundadas de antissemitismo, que o bilionário considera responsáveis pela queda de renda da da rede social.
Para limpar o nome da nossa plataforma em matéria de antissemitismo, parece que não temos escolha a não ser abrir um processo por difamação contra a Liga Antidifamação... Oh, que ironia!", disse Musk em seu post no X.
Musk também alegou que a organização seria “responsável pela destruição de metade do valor da empresa, ou seja, cerca de 22 bilhões de dólares (R$ 108,6 bilhões na cotação atual)", conforme repercutido pela UOL.
Os anunciantes evitam a controvérsia, então tudo o que a ADL precisa para esmagar nossas receitas publicitárias nos Estados Unidos e na Europa é fazer acusações infundadas", escreveu o dono da Tesla em seu perfil.
To clear our platform’s name on the matter of anti-Semitism, it looks like we have no choice but to file a defamation lawsuit against the Anti-Defamation League … oh the irony!
— Elon Musk (@elonmusk) September 4, 2023
Até agora, a ADL não comentou as ameaças de Musk, mas afirmou não estar surpresa com a hastag "BanTheADL", em um email trocado com a Agence France-Presse (AFP).
ADL não está surpresa ou perturbada pelo fato de antissemitas, supremacistas brancos, teóricos da conspiração e outros trolls terem lançado um ataque coordenado à nossa organização", afirmou a liga em seu email.
A ADL acusa a plataforma de facilitar a disseminação de discursos antissemitas há anos. Após uma parceria com o Center for Countering Digital Hate (Centro de Combate ao Ódio Digital, em tradução livre), foi concluido que comentários racistas aumentaram desde a aquisição de Musk, em outrubro de 2022.
No último mês de agosto, Musk entrou com uma ação judicial contra o CCHR, sob a justificativa de que a organização estava realizando uma campanha difamatória, que também teria prejudicado o contato com os anunciantes da plataforma.
