Sobretudo em hotéis ou spas, água de banheiras e ofurôs apresenta microrganismos que podem estar associados a surtos ou infecções
Redação Publicado em 07/03/2023, às 18h00
Em um artigo publicado no portal The Conversation, uma microbiologista fez um alerta para a quantidade de fungos, vírus e bactérias encontrados na água de banheiras e ofurôs, sobretudo em hotéis ou spas. Esses microrganismos podem estar associados a surtos ou infecções.
Na lista da pesquisadora inglesa, Primrose Freestone, estão as bactérias E.coli, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Legionella pneumophila, causadoras de infecções intestinais, diarreia, vômitos, infecções cutâneas e infecção urinária, como repercutido pelo O Globo.
De acordo com Freestone, a água quente pode ter resquícios de fezes que geralmente ficam entre as nádegas. Ela explica que o problema está relacionado ao fato de que os usuários das banheiras podem não ter hábitos devidos de higiene pessoal. Além disso, ela também aponta para o tratamento inadequado da água.
Unidades que controlam doenças nos Estados Unidos fizeram até mesmo recomendações de proteção contra os riscos de infecção em banheiras de hidromassagem.
Entre as dicas, eles apontam para a atenção com o cheiro da água, já que a urina e outros fluidos corporais, como o suor, se misturam ao cloro usado para desinfetar a água e produzem uma substância de nome Cloramina, que possui um forte odor e também causa ardência nos olhos.
Quanto mais pessoas deixarem fluidos corporais na água, maior será o cheiro de Cloramina — que é semelhante ao de alvejantes — além disso, maiores serão as chances daquela água conter muitas bactérias.
A microbiologista recomenda que, como medida de segurança, os donos de spa troquem regularmente a água. Além disso, as banheiras devem ser equipadas com filtros com a função de eliminar os micróbios. Elas também devem ser tratadas com microbicidas como, por exemplo, o cloro.
