O atacante do Irã, Sardar Azmoun, já divulgou mensagens de apoio aos protestos do caso Mahsa Amini
Redação Publicado em 29/11/2022, às 11h05
Durante a Copa do Mundo, todas as seleções buscam representar o seu país convocando os 25 melhores jogadores para disputar o torneio mais importante do mundo. Quando o irã, que está no grupo B, com Inglaterra, Estados Unidos e País de Gales, divulgou a lista de convocados, um jogador chamou a atenção.
O atacante de 27 anos do Bayer Leverkusen, Sardar Azmoun, acabou tendo uma lesão na panturrilha direita, enquanto se aquecia para o jogo contra o Porto, na Liga dos Campeões, ficando fora dos gramados durante outubro. Entretanto, não foi o jogador voltando de lesão e mesmo assim sendo convocado para Copa que chamou atenção da mídia.
Conforme repercutido pela Folha, o que repercutiu, foi o fato do melhor jogador da seleção iraniana sempre demonstrar apoio em relação ao caso da iraniana Mahsa Amini, menina de 22 anos, que após ser presa por violar as regras do país sobre o uso de hijab, morreu sob custódia da polícia.
Azmoun já divulgou diversas mensagens nas redes sociais mostrando que apoia os protestos e as denúncias de repressão realizadas ao Irã. O caso repercutiu no mundo inteiro e ganhou apoio de diversas pessoas.
Os jogadores do país se uniram e também apoiam as manifestações. Antes do início da partida, tradicionalmente, os hinos das seleções são tocados no estádio, mas como forma de apoio aos protestos, os jogadores não estavam cantando o hino.
Porém, no jogo contra o País de Gales na última sexta-feira, 25, os atletas decidiram cantar, mas de forma tímida. Questionado sobre a mudança de ideia, o técnico da seleção iraniana, Carlos Queiroz, respondeu: "Vocês nem imaginam o que esses rapazes estão vivendo a portas fechadas nos últimos dias".
O Irã busca sua classificação nas oitavas da competição jogando sua última partida na fase de grupo nesta terça-feira, 29, contra os Estados Unido, no estádio Al Thumama Stadium às 16:00. A pergunta que fica é, os jogadores vão ficar calados no momento do hino como forma de apoio ao protesto ou irão cantá-lo novamente?
