A estátua de bronze de 4 metros chamada The Don foi uma homenagem ao representar o príncipe Philip; porém, também é descrita como um péssimo trabalho
Éric Moreira Publicado em 27/03/2024, às 08h23
Anos após ter sido erguida, uma estátua abstrata do príncipe Philip localizada do lado de fora de um bloco de escritórios em Cambridge deve ser removida nos próximos meses. Com 4 metros e feita em bronze, a obra foi descrita como "possivelmente o trabalho de pior qualidade" já apresentado na área.
A estátua, chamada 'The Don', representa o antigo marido da falecida rainha Elizabeth II em vestes acadêmicas e com um rosto abstrato, semelhante a uma máscara de coruja torcida. Segundo o The Guardian, ela foi concebida para celebrar os 35 anos de Philip como reitor da Universidade de Cambridge, mas desde sua concepção, ela vem sendo amplamente criticada.
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Tamanha foi a controversa em torno da obra, que custou 150 mil libras para ser concebida, que até mesmo nenhum artista admitiu autoria sobre ela. O Grupo Unex, que supostamente fez a encomenda, disse que o responsável foi o escultor uruguaio Pablo Atchugarry, mas o artista negou.
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A razão para a remoção da estátua, porém, não é estética. Isso porque ela foi erguida em 2014 mesmo sem a permissão de planejamento do local, e agora a não-permissão volta para justificar o pedido de remoção.
"Ninguém, além do rico incorporador imobiliário que o encomendou, parece ter uma boa palavra a dizer sobre isso", escreve em seu site a conselheira executiva de planejamento, controle de construção e infraestrutura, Katie Thornburrow.
Ficarei feliz em vê-lo desaparecer, mas continuo irritado porque os desenvolvedores poderiam simplesmente despejá-lo no lugar e depois forçar o conselho a gastar o tempo e o dinheiro dos policiais para que eles o retirassem. Merecemos coisa melhor", acrescenta.
Um aviso de remoção foi emitido no dia 5 de março, alegando que a obra teria um "impacto material prejudicial" na aparência da área. Por essa razão, a escultura teria que ser removida dentro de até quatro meses, a partir de 11 de abril.
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Um dos poucos defensores da obra seria Bill Gredley, presidente do Grupo Unex, que a descreveu em 2014 como uma "obra de arte espetacular". Em contrapartida, na época, a oficial de arte pública do conselho municipal de Cambridge, Nadine Black, disse que ela era "possivelmente o trabalho de pior qualidade já submetido ao conselho".
