O crânio do ancestral, que foi analisado, apontava dois formatos diferentes de dentes
Redação Publicado em 29/06/2023, às 17h29
Uma equipe de pesquisadores conseguiu relatar, por meio da observação do acervo de paleontologia do Museu de Geologia da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, um ancestral dos golfinhos modernos. O Nihohae matakoi, assim identificado, era uma espécie predadora que viveu aproximadamente há 25 milhões de anos. Segundo repercutiu a revista Galileu, essa espécie tinha como característica morfológica dentes longos e afiados.
O estudo, que teve a liderança de Ambre Coste, foi publicado na revista Proceedings of the Royal Society B. Na ocasião, os pesquisadores analisaram o crânio do animal, que mede cerca de 60 centímetros de comprimento, por meio de um exemplar existente que estava em bom estado de conservação. O exemplar analisado foi descoberto em 1998 na Ilha Sul da Nova Zelândia.
O crânio, utilizado como objeto de estudo, conta com dois formatos diferentes de dentes, sendo eles regulares verticais próximo da região da mandíbula, e, perto do focinho, com formato longo e achatado. Além disso, após exames realizados, os dentes frontais do crânio analisado apontaram pouco desgaste, o que intrigou os pesquisadores a ponto de eles se questionarem de que forma esses animais se alimentavam.
A partir disso, os cientistas começaram a considerar que esses golfinhos possuíam um comportamento próximo do peixe-serra moderno. Para a LiveScience, Coste explicou a situação:
Os peixes-serra são raias com focinhos que se parecem com motosserras longas e achatadas. Para comer, eles se debatem entre as presas, atingindo-os com seus dentes em um movimento para frente e trás. Isso fere e atordoa a vítima, que se torna mais fácil de engolir”.
Após as descobertas feitas pelo grupo de cientistas, eles acreditam que essa espécie costumava se alimentar somente de animais que tinham estrutura corporal mais moles.
