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Notícias / Arqueologia

Estudo revela intrigante história por trás de um tesouro incomum de povo romano

Os itens foram encontrados no século 19 e foram doados a um museu, mas um estudo revelou a história dos curiosos objetos e resultados surpreendem

Isabelly de Lima Publicado em 17/01/2024, às 12h10

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Tesouro encontrado no século 19 - Reprodução / Museu de Yorkshire
Tesouro encontrado no século 19 - Reprodução / Museu de Yorkshire

Uma análise meticulosa realizada por pesquisadores da Universidade de Newcastle traz novidades sobre o chamado "Tesouro de Knaresborough", um tesouro romano descoberto em meados do século 19 e doado ao Museu de Yorkshire por Thomas Gott.

Os resultados da pesquisa foram publicados no periódico The Antiquaries Journal em 12 de janeiro, revelando aspectos intrigantes da origem e composição do tesouro. Encontrado em 1864, o tesouro de Knaresborough consiste em uma coleção de peças predominantemente feitas de bronze, incluindo tigelas, coadores e pratos ovais.

Destacam-se duas peças únicas nunca antes encontradas na Grã-Bretanha: uma alça de vaso de bronze e uma tigela com borda esculpida semelhante ao relevo de uma concha, de acordo com a Galileu.

A pesquisa sugere que o tesouro foi descoberto em uma área pantanosa perto de Farnham, no Vale de Mowbray, a três quilômetros ao norte de Knaresborough. Essa região, atravessada por importantes estradas romanas, abrigava moradias de famílias abastadas, indicando que o tesouro pode ter vindo de uma dessas residências.

A razão para esconder os itens em um pântano permanece incerta, mas hipóteses apontam para motivos espirituais ou o desejo de torná-los irrecuperáveis. A análise de fluorescência de raios X confirmou a composição das ligas, revelando sinais de reparos em vários objetos, reforçando a ideia de que eram feitos de um material valioso.

Diferentes conexões

James Gerrard, professor de Arqueologia Romana da Universidade de Newcastle, destaca a importância de revisitar descobertas antigas.

É bom saber que, mais de 150 anos depois, nossa pesquisa ajudou a contar uma parte fascinante, embora complexa, da história dessa descoberta notável", afirma Gerrard.

O estudo também aborda o papel de Thomas Gott na descoberta, sugerindo que o comerciante de ferro possuía conexões com Frederick Hartley, membro da Comissão de Melhorias de Knaresborough e agente de propriedades nas proximidades de Farnham. Hartley, em 1864, durante trabalhos de drenagem encomendados por Sir Charles Slingsby, teria encontrado o tesouro. Algumas peças foram mantidas por Hartley, enquanto o restante foi doado por Gott ao Museu de Yorkshire.

A pesquisa revelou indícios de que o tesouro original era mais extenso do que a coleção atualmente disponível no museu. Supõe-se também que algumas peças tenham sido inadvertidamente derretidas na fundição de Gott.