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Notícias / Arqueologia

Estudo revela que lâmpada encontrada em 1840 era usada em culto a Dionísio

O objeto vem gerado discussões por diversas décadas, mas agora um estudo finalmente descobriu a finalidade do item de bronze

Isabelly de Lima Publicado em 10/04/2024, às 12h57

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A lâmpada de bronze encontrada em 1840 - Reprodução / MAEC
A lâmpada de bronze encontrada em 1840 - Reprodução / MAEC

Um estudo recente sobre uma lâmpada de bronze descoberta nas proximidades da cidade de Cortona, na Itália, revelou que o artefato estava ligado ao enigmático culto de Dionísio.

Esta lâmpada, encontrada em uma vala em 1840, tem sido objeto de debates acadêmicos ao longo de décadas, sem uma explicação abrangente e satisfatória sobre sua origem.

Originária da civilização etrusca da Etrúria Arcaica, que prosperou entre 900 a.C. e 27 a.C. em regiões como a Toscana e partes da Úmbria, a lâmpada é um achado raro. Esta civilização foi gradualmente absorvida pela expansão da República Romana no final do século 4 a.C., após as Guerras Romano-Etruscas.

Poucos artefatos semelhantes foram descobertos na arte etrusca ou na grega antiga, o que torna difícil compará-los para fornecer contexto ou interpretação, de acordo com o Heritage Daily.

Representação divina

Estudos anteriores sugeriram que as decorações na lâmpada representavam o deus grego do rio Achelous, com 16 figuras com chifres em forma de touro. No entanto, um novo estudo publicado na revista Etruscan and Italic Studies da De Gruyter aponta que a lâmpada remonta a cerca de 480 a.C. e representa Dionísio, o deus grego antigo do vinho e do prazer, frequentemente retratado com características de touro.

Essa interpretação se baseia em fontes literárias e evidências iconográficas, uma vez que o culto a Dionísio estava estreitamente associado a sátiros, centauros e silenos, e o touro era um dos símbolos característicos desse culto.

O autor principal, Ronak Alburz, disse no estudo: “A lâmpada era provavelmente um objeto associado ao culto misterioso de Dionísio. A sua decoração representa o tíaso dionisíaco, talvez envolvido numa performance de culto no cosmos dos mistérios em celebração de Dionísio.”.