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Notícias / Ciência

Estudo sugere que expectativa máxima de vida humana ainda está distante

Expectativa de vida pode aumentar muito nas próximas décadas, segundo estudo controverso

Redação Publicado em 30/03/2023, às 14h27

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Idosas no Reino Unido - Christopher Furlong/Getty Images
Idosas no Reino Unido - Christopher Furlong/Getty Images

Nos últimos 25 anos, o recorde de pessoa mais velha do mundo foi mantido por Jeanne Louise Calment, uma francesa que morreu com 122 anos em 1997. Como explicou o cientista David McCarthy para o site LiveScience, isso levou muitos a acreditar que a expectativa de vida máxima do ser humano já havia sido alcançada. Agora, o especialista e seus colegas publicaram um estudo para questionar essa premissa.

Segundo o estudo publicado no periódico científico PLOS ONE, o recorde de longevidade da senhora francesa será batido nas próximas quatro décadas. O time de McCarthy, professor na Universidade da Geórgia, e a cientista associada Po-Lin Wang, não propôs uma idade máxima específica para os seres humanos, mas usou um modelo matemático para projetar as tendências de mortalidade das próximas décadas.

O estudo, publicado na última quarta-feira, 29, envolveu a análise de dados de mortalidade de centenas de milhões de pessoas em 19 países, começando nos anos 1700 até 1969. Usando uma fórmula para entender como as taxas de mortalidade das pessoas de 50 a 100 anos variaram conforme as diferentes datas de nascimento, eles projetaram as possíveis expectativas de vida no futuro.

Controvérsia

McCarthy disse que, em todos os 19 países atualizados, o estudo prevê que a idade máxima aumentará drasticamente no futuro. Segundo o modelo matemático, a mulher mais velha do Japão a nascer na década de 1940 tem uma chance de 50% de passar dos 130 anos. A fórmula matemática cobriu os próximos 50 anos, sem se aventurar muito no futuro.

O modelo matemático, porém, não leva em conta o aspecto biológico do envelhecimento, ou seja, do envelhecimento natural das células e da suscetibilidade de idosos desenvolverem e contraírem enfermidades sérias. O estudo também não considera possíveis avanços na medicina que poderiam estender a expectativa de vida no futuro.

Stuart Jay Olshanky, professor de epidemiologia e bioestatística na Universidade de Illinois em Chicago, disse ao LiveScience sobre o estudo que a pergunta da longevidade é, em seu âmago, "um fenômeno biológico, e não matemático".