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Notícias / Canadá

Ex-chefe de inteligência canadense é condenado por vazamento de segredos

Cameron Ortis conheceu, nesta quarta, 7, sua sentença meses após ter sido considerado culpado por violações da Lei de Segurança da Informação do país

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 07/02/2024, às 15h36

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Cameron Ortis - Reprodução/Video/YouTube/CTV News
Cameron Ortis - Reprodução/Video/YouTube/CTV News

Nesta quarta-feira, 7, Cameron Ortis, então chefe da unidade de inteligência da Real Polícia Montada do Canadá (RCMP), foi condenado a 14 anos de prisão. A sentença foi proferida meses após ele ser considerado culpado de vazar segredos de Estado.

Indiciado por três violações da Lei de Segurança da Informação do país, e por uma tentativa, Ortis fora considerado culpado por um júri em novembro do ano passado. Agora, o juiz Robert Maranger, que proferiu a sentença, considerou a decisão "adequada e justa".

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Cameron também foi considerado culpado por quebra de confiança e uso fraudulento de um computador. Conforme recorda o The Guardian, as acusações foram feitas após um dos maiores escândalos de segurança de todos os tempos no Canadá

Atualmente com 51 anos, Cameron Ortis se declarou inocente de todas as acusações; por outro lado, os promotores da Coroa pediam que ele fosse condenado a 28 anos de prisão por "colocar em risco a segurança dos canadenses".

Acusação e investigação

Chefe civil da unidade de inteligência da RCMP, Cameron foi preso em meados de 2019, depois de uma investigação interna do órgão. O caso teria começado no ano anterior, quando a entidade analisou um laptop pertencente a Vincent Ramos — presidente-executivo da Phantom Secure Communications, uma empresa que ajudou a produzir smartphones criptografados usados ​​pelo crime organizado para fugir da polícia. 

Posteriormente, Ramos se declarou culpado pelo uso dos dispositivos que facilitaram a distribuição de cocaína e outras drogas para dentro do país. No julgamento, Ortis confessou ao tribunal que ofereceu material secreto aos alvos como forma de induzi-los a usar serviços de criptografia online que forneceriam informações a agências de espionagem aliadas. 

Aos jurados, ele também disse que estava trabalhando para proteger o país de uma "grave ameaça" não revelada e que desde a sua prisão sua vida havia sido "destruída". Entretanto, os jurados ficaram do lado da acusação, que argumentou que Cameron agiu conforme seu próprio interesse.