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Notícias / Brasil

Ex-funcionários de clínica odontológica de luxo denunciam dentista por assédio

Ao menos 11 ex-funcionários denunciaram a proprietária Larissa Bressan, de 35 anos, por assédio moral e sexual no ambiente de trabalho

Redação Publicado em 27/03/2023, às 13h01 - Atualizado em 28/03/2023, às 09h47

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Larissa Bressan, dentista proprietária de clínica de luxo em São Paulo denunciada por assédio - Reprodução/Facebook
Larissa Bressan, dentista proprietária de clínica de luxo em São Paulo denunciada por assédio - Reprodução/Facebook

Recentemente, pelo menos 11 ex-funcionários de uma clínica odontológica de luxo da cidade de São Paulo denunciaram a proprietária, a dentista Larissa Bressan, de 35 anos, por assédio moral e sexual no ambiente de trabalho. O caso, que chegou à Justiça do Trabalho, foi tema da edição do último domingo, 26, do programa Fantástico. A dentista nega as acusações.

Em entrevista ao programa da TV Globo, ex-funcionários denunciaram a proprietária da Hiss Clinical, clínica de luxo localizada no Itaim Bibi, por supostos toques inapropriados, constrangimento sexual, gritos, tapas e ameaças. Segundo reportagem do Fantástico, dois deles entraram em ação contra Larissa Bressan, e as primeiras audiências já foram marcadas.

Conforme os relatos, ainda, a dentista teria obrigado os funcionários a tirar a roupa na frente dos colegas, além de passar a mão pelo corpo deles e até tirar a própria roupa em meio a todos.

Além disso, gritos e humilhações também faziam parte da rotina, conforme registrado em um áudio onde a dentista manda um funcionário ir embora e trabalhar em comércio popular: "Não quer tomar xingo, abre o consultório de vocês. [...] Você não é formado em nada. Abre uma casinha de camelô na 25 [de Março]".

Ela abaixava as calças, mostrava as partes íntimas. E ela passava a mão, fazia as pessoas cheirarem. [...] Ela queria que eu mostrasse as minhas partes para as pessoas, para os funcionários homens, ou ia me demitir. Eu ficava revoltada, mas eu tinha que fazer para continuar no emprego", relatou uma outra ex-funcionária.

Além do mais, outros áudios gravados no consultório mostram a dentista sugerindo que alguém tivesse sofrido um "derrame cerebral" por esquecer de preparar-lhe um café, além de dizer que, se pudesse, jogaria outra pessoa do 12º andar, depois de queimarem acidentalmente um aparelho.

Outros relatos contam com detalhes de agressões físicas, como enforcamento, tapas e chutes, sem contar importunação sexual frequente, já tendo até mesmo segurado a cabeça de uma funcionária e esfregado em suas próprias partes íntimas. "Na minha primeira semana, eu vi ela pelada. Ela levantava o vestido, levantava a roupa [...]", disse outro homem.

A denúncia também diz que ela submetia a equipe a atividades onde se aproveitava deles, como uma que chamava de "gato mia", onde, de acordo com narração de um funcionário, chamava todo mundo — uma equipe de dez pessoas — para a sala de esterilização, que é pequena. Então, "pegava um funcionário, colocava fora da sala, e enquanto essa pessoa entrava na sala e, com os olhos fechados, tentava encostar em alguém e descobrir quem era, a Larissase aproveitava e passava a mão em todo mundo."

Defesa

A defesa de Larissa no julgamento, porém, informou ao Fantástico por meio de nota que sua cliente é, na verdade, uma vítima. "Em 11 anos de consultório, nunca houve notícia a respeito dos fatos" narrados pelos ex-funcionários, atesta. "Em nenhum momento esses funcionários a procuraram para uma conversa."

Ademais, também disse que "os ataques à honra da cirurgiã-dentista começaram após a demissão de um funcionário", e que ela é, agora, alvo de uma "campanha de discurso de ódio" por parte dos demais funcionários.