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Notícias / Extinção

Extinção de grandes animais há 50 mil anos foi causada por humanos, aponta estudo

Por anos, argumentou-se que mudanças climáticas foram responsáveis pela extinção de criaturas da megafauna, mas novo estudo aponta ação humana como culpada

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 03/07/2024, às 12h24

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Imagem ilustrativa de um mamute lanoso - Ernest Grise/William H. Jackson/Getty's Open Content Program
Imagem ilustrativa de um mamute lanoso - Ernest Grise/William H. Jackson/Getty's Open Content Program

Há tempos os cientistas debatem sobre os motivos que levaram os mamutes lanoso, as preguiças-gigantes e outros 44 animais gigantes comedores de plantas à extinção há cerca de 50 mil anos.

+ O que causou a extinção do animal que pode ter iniciado o mito dos unicórnios?

Por tempos, paleontólogos, biólogos e outros cientistas argumentaram que eventos drásticos de mudanças climáticas nas últimas duas Eras Glaciais foram responsáveis ​​pela extinção dessas criaturas majestosas. Mas um novo estudo elegeu um culpado diferente para isso: os humanos

Extinção da megafauna

Para chegar nessa conclusão, os pesquisadores reuniram dados paleoclimáticos, amostras de DNA preservadas, evidências arqueológicas e algumas outras evidências para determinar que a 'predação humana' dos primeiros caçadores-coletores é a principal explicação para a grande extinção. 

Há um forte suporte cumulativo para pressões diretas e indiretas de humanos comportamentalmente modernos", concluiu a equipe, segundo repercutido pelo Daily Mail. 

Importante ressaltar que os pesquisadores se referem a animais grandes — definidos como qualquer coisa maior que 45 quilos — como 'megafauna'. E a taxa de extinção dessa categoria é acima da média nas eras modernas, o que causa preocupação e fascínio. 

"A grande e muito seletiva perda de megafauna nos últimos 50.000 anos é única nos últimos 66 milhões de anos", explica o principal autor do estudo, Jens-Christian Svenning, que pesquisa paleoecologia e biodiversidade na Universidade de Aarhus, na Dinamarca.

"Períodos anteriores de mudanças climáticas não levaram a grandes extinções seletivas", observou Svenning, "o que contradiz o papel importante do clima nas extinções da megafauna". 

Líder do Centro de Dinâmica Ecológica em uma Nova Biosfera (ECONOVO) da Fundação Nacional de Pesquisa Dinamarquesa na Universidade de Aarhus, Jens-Christian Svenning capitaneou uma equipe de outros sete pesquisadores que ajudaram a compilar o novo estudo publicado no periódico Cambridge Prisms: Extinction.

Um fato que ajuda a comprovar que nossos ancestrais caçavam e comiam alguns dos maiores mamíferos que existiam são armadilhas antigas, projetadas por humanos pré-históricos para capturar animais muito grandes. Além disso, análises de ossos humanos e resíduos de proteína em pontas de lança recuperadas, sugerem a prática.

Outro padrão significativo que argumenta contra o papel do clima é que as recentes extinções da megafauna atingiram com a mesma intensidade áreas climaticamente estáveis ​​quanto áreas instáveis", finaliza Svenning. 

Por fim, a equipe descobriu que embora a vulnerabilidade de uma região às mudanças climáticas não tenha desempenhado nenhum papel nessas extinções, a migração de caçadores humanos teve.