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Notícias / Caso Eloá Cristina

Família de Eloá Pimentel desaprova abordagem de Linha Direta: 'preferem a dor'

Episódio de reestreia do 'Linha Direta' apresenta o Caso Eloá Cristina, que foi mantida refém e morta em 2008

Redação Publicado em 05/05/2023, às 12h20 - Atualizado às 12h28

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Cena do episódio de 'Linha Direta' sobre o Caso Eloá Cristina - Divulgação/Rede Globo
Cena do episódio de 'Linha Direta' sobre o Caso Eloá Cristina - Divulgação/Rede Globo

Na última quinta-feira, 4, parte do Brasil parou para acompanhar a reestreia do 'Linha Direta', um programa jornalístico investigativo que se popularizou bastante no final da década de 1990, foi cancelado em 2007 e retornou agora, em 2023, com apresentação de Pedro Bial.

No programa, são apresentados a cada episódio dois casos criminosos, um concluído e outro ainda em aberto, que chocam o país, tamanha a brutalidade empregada, de maneira quase cinematográfica, com o uso de atores para dar vida aos personagens envolvidos nos crimes. E no episódio de reestreia, foi apresentado o chocante Caso Eloá Cristina, uma adolescente que em 2008, aos 15 anos, foi mantida refém e, por fim, morta pelo ex-namorado, Lindemberg.

Críticas

No entanto, a cobertura escolhida pela Rede Globo para reproduzir o caso não agradou tanto aos familiares de Eloá, que foi vítima de um dos sequestros mais longos da história de São Paulo, sendo lembrado por muitos até hoje. E nesta sexta-feira, 5, um dia depois da transmissão, a cunhada da jovem criticou abertamente o programa: "Até ontem estava tudo tão bem! Estavam todos bem!"

Existiram sonhos, anseios, sorrisos, planos, histórias e muito mais coisas positivas que poderiam deixar a memória sempre viva nessa e em outras gerações. Mas não, preferem a dor, preferem resumir a história somente ao que traz à tona os piores momentos da vida de alguém", escreveu Cintia Pimentel, esposa do irmão mais velho de Eloá, em publicação no story do Instagram.

"Espero que isso sirva ao menos para sensibilizar o país e mostrar que algumas leis precisam ser revistas. Que Deus, novamente, console o coração dos que agora estão revivendo essa dor", finaliza.

É relevante pontuar, ainda, que desde a época do sequestro, em outubro de 2008, muita crítica caiu sobre os veículos e jornais que cobriam o caso, que mais focavam na espetacularização do evento a fim de chamar mais atenção, em vez de tratar de maneira sensível e humana.

Além disso, a própria ação dos jornalistas, dando grande abertura e atenção para o criminoso — como o caso de Sonia Abrão, que entrevistou Lindemberg por telefone enquanto mantinha Eloá e uma amiga como reféns — também foi duramente criticada na época.