Uma mulher e suas duas filhas devem receber indenização milionária, após decisão de júri na Califórnia
No ano de 2019, uma mulher negra e suas duas filhas foram detidas injustamente pela polícia durante uma parada em um Starbucks, na região de Castro Valley, na Califórnia, motivo pelo qual as três foram recentemente recompensadas por um júri.
A família havia partido de Nevada em um carro alugado a fim de que a filha mais velha pudesse realizar uma prova importante no Berkeley City College.
Na ocasião, a polícia investigava arrombamentos de carros no estacionamento quando algemou a família. Em imagens de câmeras corporais divulgadas, é possível ver que Aasylei Loggervale, a mãe das jovens, explicou às autoridades que ela estava dirigindo um carro alugado.
"Do que se trata? Que tipo de crime eu cometi?", questionou a mulher, segundo informações do portal The Guardian, depois que um dos agentes pediu sua identidade.
Naquele dia, a filha mais velha de Aasylei precisava realizar uma prova para ser transferida de sua faculdade para a UCLA, no entanto acabou chegando 40 minutos atrasada ao local do exame. Por consequência, ela teve sua nota extremamente prejudicada.
De acordo com uma ação civil apresentada após o incidente, "Loggervale decidiu não se envolver ainda mais na situação, já que, como uma pessoa negra, estava temerosa de que a ocasião pudesse resultar em sérios danos físicos ou, até mesmo, em morte para ela e suas filhas".
A situação, entretanto, piorou, com Aasylei sendo puxada para fora do veículo enquanto o segundo agente ordenava: "Coloque as mãos atrás das costas ou você será presa!"
Segundo o jornal britânico, mãe e filhas foram então algemadas e colocadas na parte de trás de uma viatura enquanto os policiais revistavam o carro. Como não havia qualquer prova de crime, as mulheres acabaram sendo liberadas.
Conforme aponta a ação civil, "como resultado das ações, as demandantes sofreram uma privação de seus direitos e liberdades, sofreram lesões físicas, incluindo escoriações nos pulsos e braços, e sofreram dor física, sofrimento mental, sofrimento emocional, medo, constrangimento e outros danos gerais".
Por esse motivo, um júri do estado da Califórnia decidiu indenizar a família em 8 milhões de dólares.
