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Notícias / Famíia

Família viaja pelo mundo antes que filhos percam visão: 'Experiências'

A família de Edith Lemay e Sebastien Pelletier viaja por todo o mundo antes que os filhos percam a visão devido a doença

Redação Publicado em 14/09/2022, às 15h49

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Fotografia de família de Edith Lemay, Sebastien Pelletier e seus quatro filhos - Reprodução/Instagram @pleinleursyeux
Fotografia de família de Edith Lemay, Sebastien Pelletier e seus quatro filhos - Reprodução/Instagram @pleinleursyeux

O casal canadense Edith Lemay e Sebastien Pelletier descobriu, no passado, que sua primeira filha, Mia — na época com apenas 1 ano —, havia nascido com uma condição genética rara chamada de retinite pigmentosa, que causa perda ou declínio da visão com o tempo. Atualmente, Mia tem 12 anos, e ainda não perdeu a visão, além de ter ganhado três irmãos mais novos.

Leo, de 9 anos, Colin, com 7, e Laurent, com 5 anos; sendo estes dois últimos também diagnosticados com retinite pigmentosa, em 2019. Segundo Lemay, não há nada que se possa fazer no momento sobre a condição de três dos quatro filhos, visto que atualmente não há nenhuma cura ou tratamento para ela: "não sabemos o quão rápido isso vai acontecer, mas sabemos que eles podem ficar completamente cegos na meia-idade", afirmam à CNN.

Então, uma vez que a notícia era de conhecimento da família, o casal passou a direcionar suas energias em ajudar seus filhos a desenvolverem habilidades básicas e necessárias para viver, aproveitando enquanto podiam enxergar. Foi quando o especialista responsável por Mia sugeriu que eles incentivassem "memórias visuais", que Lemay teve uma ideia grandiosa.

Pensei: 'Não vou mostrar um elefante em um livro, vou levá-la para ver um elefante de verdade. E vou encher a memória visual dela com as melhores e mais belas imagens que puder", explica a mãe, como informado pela UOL. "Não é só a paisagem que eles vão lembrar, mas também as diferentes culturas e pessoas."

E foi então que o casal decidiu que passaria um ano viajando pelo mundo com os filhos, a fim de criar muitas lembranças visuais e especiais para as crianças.

Fotografia da família, com as crianças sentadas em cima de veículo, na Mongolia
Fotografia da família, com as crianças sentadas em cima de veículo, na Mongolia / Crédito: Reprodução/Instagram @pleinleursyeux

A viagem

A família de seis pessoas pretendia partir, inicialmente, em julho de 2020, não muito depois da descoberta da condição nos filhos mais novos, inclusive com passagens pela China e Rússia. No entanto, com a pandemia de coronavírus, os planos tiveram de ser adiados.

Foi em março de 2022 que eles decidiram partir do Canadá, sem planejar exatamente para onde iriam. "Saímos sem itinerário. Tínhamos ideias de onde queríamos ir, mas planejamos à medida que viajamos. Talvez com um mês de antecedência", conta o casal à CNN.

A viagem começou na Namíbia, de onde depois seguiram para a Zâmbia e a Tanzânia. Depois, a família passou um mês na Turquia, então foram à Mongólia e à Indonésia.

Estamos focando muito na fauna e na flora. Vimos animais incríveis na África, mas também na Turquia. Estamos realmente tentando fazer nossos filhos verem coisas que não teriam visto em casa e, claro, terem as experiências mais incríveis", contam Lemay e Pelletier.

A família planeja voltar para casa, em Quebec, em março de 2023, e até lá pretendem ver e viver muito mais experiências únicas. Além disso, o casal conta não pensar muito à frente, e que a viagem, inclusive, fez todos perceberem a importância de se viver o momento.

Esta viagem abriu nossos olhos para muitas outras coisas, e queremos muito aproveitar o que temos e as pessoas que estão ao nosso redor", afirma Sebastien Pelletier.