O forte romano milenar foi encontrado debaixo da terra, próximo à Muralha de Antonino, famoso ponto de ruínas arquitetônicas escocesas
Redação Publicado em 24/04/2023, às 15h08 - Atualizado às 20h00
Um time de arqueólogos descobriu as fundações de um antigo forte romano do século 2 d.C. no oeste da Escócia. O forte perdido, que hoje só existe como ruínas subterrâneas, foi parte de uma tentativa falha do Império Romano de expandir seu domínio sobre as terras da Grã-Bretanha.
Essa fortaleza era uma de 41 estruturas defensivas conhecidas construídas ao longo da Muralha de Antonino, uma grande construção que se estendia por 65 quilômetros e era construída principalmente de madeira, pedra e turfa (material de origem vegetal decomposto).
A grande fortificação é chamada de Muralha de Antonino porque o imperador romano Antonino Pio ordenou sua construção no ano 142 da era comum, querendo superar seu antecessor, Adriano, mas sem conseguir, já que ele havia construído outra muralha na fronteira da Inglaterra com a Escócia, que se estendia por cerca de 160 quilômetros, segundo dados do site de divulgação científica LiveScience.
Arqueólogos do órgão estatal Historic Environment Scotland encontraram as ruínas enterradas de uma pequena fortaleza atrás de uma escola nos arredores ao noroeste da cidade de Glasgow, a maior cidade da Escócia. A estrutura do local já havia sido mencionada em 1707, mas nunca tinha sido encontrada, mesmo depois de buscas nas décadas de 1970 e 1980.
O forte tinha duas pequenas construções de madeira cercadas por uma muralha de pedra e turfa de 2 metros de altura. Essa proteção também contava com duas torres de madeira e dois portões em lados opostos. O forte e seu muro foram construídos junto da Muralha de Antonino.
Se você caminhar pela área onde o forte esteve há quase dois milênios, não vai encontrar nada que pudesse te levar a pensar que aquilo já foi uma fortaleza militar que comportava cerca de 12 soldados. Os arqueólogos encontraram as pedras enterradas usando um método geofísico não-invasivo chamado gradiometria, que mede pequenas variações no campo magnético da Terra para detectar estruturas subterrâneas.
