Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Paleontologia

Fósseis de criaturas de 462 milhões de anos são encontrados por casal no Reino Unido

Descoberta realizada no País de Gales pode ajudar a entender melhor a história evolutiva após a Explosão Cambriana

Redação Publicado em 03/05/2023, às 14h21

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Reconstrução artística dos fósseis das criaturas de Castle Bank por Yang Dinghua - Divulgação/Yang Dinghua/Joseph P. Botting et.al
Reconstrução artística dos fósseis das criaturas de Castle Bank por Yang Dinghua - Divulgação/Yang Dinghua/Joseph P. Botting et.al

Joseph Botting Lucy Muir são um casal de cientistas independentes, ambos doutores em paleontologia. Eles descobriram, juntos, uma pedreira de 10 metros de largura que contém fósseis de criaturas de cerca de 462 milhões de anos, do período Ordoviciano médio, conhecido pelos muitos invertebrados marinhos que habitavam os oceanos da época.

O casal havia encontrado a pedreira há cerca de uma década em um campo de ovelhas perto de sua casa, na cidade de Llandrindod, no País de Gales. Foi só durante a pandemia de covid-19, sem poder viajar para trabalhar, que os pesquisadores descobriram a riqueza do sítio fossilífero que eles tinham do lado de casa.

Como repercutiu a revista Galileu, o casal abriu um projeto de financiamento coletivo para comprar um microscópio que os ajudaria a estudar os fósseis encontrados, a maioria deles tendo, no máximo, 3 milímetros de comprimento. 

Depois de arrecadar cerca de 16 mil libras, a dupla de especialistas se reuniu com uma equipe internacional de colegas pesquisadores que também foram investigar a pedreira. O fruto desse trabalho de pesquisa foi um estudo publicado no periódico científico Nature Ecology and Evolution.

Fósseis

O sítio de fósseis ficou conhecido como Castle Bank. Lá, os cientistas passaram mais de 100 dias examinando os achados, que incluem espécies novas para a ciência, entre vermes, estrelas do mar, esponjas, crustáceos e artrópodes que já foram extintos.

170 fósseis foram encontrados, com parte de seus tecidos moles preservados. Isso inclui sistemas digestivos, olhos, nervos ópticos e até cérebros. Todos esses animais pré-históricos eram organismos marinhos, que nadavam no oceano que cobria o que é hoje o centro do País de Gales.

Essas criaturas de 462 milhões de anos atrás podem ajudar a entender como se deu a evolução dos seres vivos após a Explosão Cambriana, o período geológico em que se acredita que ocorreu a evolução da maioria dos ancestrais dos animais modernos.

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Lucy Muir afirmou que foi no período Ordoviciano que a ecologia e os animais se diversificaram. Seu marido, Joseph Botting, disse, segundo a Galileu, que Castle Bank "continuará produzindo novas descobertas por décadas".

Fotos de alguns dos fósseis encontrados em Castle Bank - Divulgação/Joseph P. Botting et.al