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Notícias / Paleontologia

Fóssil de 95 milhões de anos sugere que dinossauros migravam entre continentes

Fóssil de dinossauro encontrado na Austrália sugere que dinossauros migravam entre América do Sul e Oceania, passando pela Antártica

Eduardo Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 17/04/2023, às 17h17

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Reconstrução artística do dinossauro que teve seu crânio encontrado na Austrália, que pode levar a um novo entendimento da migração entre continentes - Divulgação/Museu Australiano Era dos Dinossauros
Reconstrução artística do dinossauro que teve seu crânio encontrado na Austrália, que pode levar a um novo entendimento da migração entre continentes - Divulgação/Museu Australiano Era dos Dinossauros

Um crânio de saurópode muito bem preservado, de cerca de 95 milhões de anos atrás, foi encontrado na Austrália. Até aí tudo bem, mas os cientistas que descobriram o fóssil, acreditam que ele é parente de uma espécie que vivia na América do Sul, dando espaço para a hipótese de uma ponte terrestre que permitiria aos animais cruzar a Antártida e migrar entre os continentes.

A espécie em questão (Diamantinasaurus matildae) é de saurópode, um grupo de dinossauros com longos pescoços. Esses em específico também eram titanossauros, e viveram até o fim do período cretáceo, cerca de 66 milhões de anos atrás. Esses animais tinham aproximadamente 24 metros de comprimento e pesavam perto de 25 toneladas, três vezes mais que um tiranossauro rex. 

Esse fóssil encontrado na Austrália em 2018 é similar a outro grupo de restos mortais de dinossauros descobertos na Argentina, de outro titanossauro (Sarmientosaurus musacchioi). Essas semelhanças levaram Stephen Poropat, paleontólogo e um dos principais autores do estudo que trata dessa assunto, a sugerir que os saurópodes migravam entre a América do Sul e a Oceania, por meio da Antártida.

Migração de dinossauros

A migração entre os saurópodes provavelmente acontecia durante o período intermediário do período geológico cretáceo. Como o mundo tinha temperaturas mais elevadas na época, a Antártida era repleta de florestas e vegetação. Os cientistas já sabem que os saurópodes rodavam a região desde que encontraram um fóssil em 2011.

O segundo crânio de saurópode encontrado até os dias atuais na Austrália /Crédito: Australian Age of Dinosaurs Museum

Segundo o LiveScience, na época, a América do Sul, a Antártida, a Austrália e a Nova Zelândia faziam parte do mesmo supercontinente, a Gondwana. O estudo que aponta as similaridades entre os dinossauros que talvez tenham migrado entre os continentes foi publicado no dia 12 de abril, no periódico da Royal Society Open Science

Esse fóssil era a evidência que faltava para embasar a ideia de que esses dois saurópodes diferentes são parentes, e um passo importante para um estudo mais profundo sobre a hipótese da Antártida como uma ponte terrestre para cruzarGondwana.