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Notícias / Arqueologia

Fóssil descoberto no Rio Grande do Sul esclarece origem do pterossauros

O fóssil encontrado em território brasileiro contribuiu para o entendimento da origem dos pterossauros e dinossauros

Redação Publicado em 16/08/2023, às 14h37

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Ilustração do Venetoraptor gassenae - Reprodução/ Universidade Federal de Santa Maria/Caio Fantini
Ilustração do Venetoraptor gassenae - Reprodução/ Universidade Federal de Santa Maria/Caio Fantini

Nesta quarta-feira, 16, a revista Nature publicou os resultados de um estudo realizado no Rio Grande do Sul, marcado pela descoberta de um fóssil ancestral dos pterossauros, que contribui para o entendimento da origem dos dinossauros. A pesquisa concluiu que a ancestralidade desses animais é ainda maior do que se estimava.

Os restos mortais foram encontrados em 2022 por um grupo do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Geoparque Quarta Colônia, localizado no município de São João do Polêsine.

Os especialistas acreditam que o fóssil descoberto se encontra em melhor estado de preservação em relação a outros achados de pterossauros. O artefato também garantiu uma imagem mais clara a respeito da vida dessas criaturas, que precederam os répteis voadores, conforme repercutido pelo portal Galileu.

O nome que a nova espécie recebeu, Venetoraptor gassenae, possui uma série de significados. “Venetoraptor”, em homenagem ao ponto turístico “Vale Vêneto”, em São João do Polêsine, e “gassenae”, em tributo a Valserina Maria Bulegon Gassen, uma das idealizadoras do CAPPA/UFSM.

A descoberta

O artefato encontrado pertenceu a um réptil que combina características distintas, como mãos grandes com unhas afiadas e um bico raptorial. Estima-se que ele pesava entre 4 e 8 quilogramas, além de medir 1 metro de comprimento. O animal também era bípede, o que deixava suas mão livres para subir em árvores e capturar presas.

O Venetoraptor gassenae habitou a Terra há 230 milhões de anos e faz parte do grupo chamado Lagerpetidae, atualmente extinto, cujos descendentes mais conhecidos são os pterossauros, répteis voadores de 165 milhões de anos.

Essa grande diversidade de características indica que a linhagem que originou os dinossauros e pterossauros passou por um primeiro grande salto de diversificação antes do estabelecimento dos répteis mais famosos da Era Mesozoica. O sucesso evolutivo dos dinossauros e pterossauros foi resultado da sobrevivência diferenciada em meio às variações da natureza e da estrutura corpórea do animal”, esclareceu o paleontólogo, Rodrigo Temp Müller, organizador da pesquisa.

O achado de um novo fóssil no Brasil significa que uma grande quantidade de organismos até então desconhecidos continua espalhada em rochas pelo planeta. As descobertas serão exibidas na sede do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia, no Rio Grande do Sul.