Dois homens fugiram da presídio de segurança máxima de Mossoró (RN) na última quarta-feira, 14; buscas estão em seu sexto dia
Éric Moreira Publicado em 19/02/2024, às 13h26
Nesta segunda-feira, 19, autoridades do Rio Grande do Norte entram em seu sexto dia seguido de buscas por Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, os dois detentos que escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró (RN).
Vale mencionar que o local é um presídio de segurança máxima, e a fuga é a primeira do tipo registrada em toda a história do sistema penitenciário federal do Brasil.
Em meio às investigações, foi descoberto que os dois homens conseguiram escapar por um buraco na parede de uma cela, ao passo que desceram pelo telhado, cortaram a grade de arame do pátio e conseguiram fugir sem serem notados.
Os dois homens são ligados ao Comando Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar — que está preso na mesma unidade —, e as investigações buscam descobrir se eles obtiveram ajuda ou alguma facilitação para a fuga.
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Estima-se que os detentos tenham levado ao menos três dias para abrir o buraco na parede pelo qual escaparam, e também foi confirmado pelas investigações que eles usaram uma mistura de sabonete e papel higiênico para fazer um tipo de reboco que camuflasse os buracos. Além disso, o sabonete também deixou o buraco mais escorregadio, o que facilitou a passagem dos detentos.
A gente está ainda sobre investigação. É importante destacar que foi necessário uma primeira ferramenta, né? Agora, como essa ferramenta e como eles conseguiram, a gente ainda não tem essa resposta", conta em entrevista ao Fantástico a perita criminal federal Luciana Lobato Schmidt.
Segundo o g1, uma hipótese que explica a ferramenta que ajudou os detentos a escapar é que eles tenham retirado pedaços de ferro das paredes da cela, como vergalhões, e utilizado para retirar a luminária e abrir o buraco para a fuga. Acredita-se que estas barras também podem ter sido removidas do banheiro, ou debaixo de uma mesa.
Após passarem pelo buraco na parede, os dois homens acessaram uma área de serviço por onde passam dutos, rede elétrica e uma escada que dá acesso ao telhado do presídio. Após alcançar o teto das celas, eles removeram uma telha do lugar e pularam para o pátio.
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Em seguida, atravessaram um tapume de metal — que estava ali, pois aconteciam obras no presídio —, pegaram um alicate deixado por operários e cortaram a primeira parte da grade. Então andaram mais alguns metros, cortaram a segunda tela e conseguiram escapar. A fuga ocorreu às 3h de quarta-feira, 14, mas a ausência dos detentos só foi percebida duas horas depois.
