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Notícias / Arábia Saudita

Guardas de fronteira da Arábia Saudita são acusados de matar imigrantes etíopes

Relatório divulgado nesta segunda-feira, 21, pela Humans Right Watch realizou denúncias contra autoridades sauditas

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 21/08/2023, às 09h08

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Imagem ilustrativa - Imagem de Orythys por Pixabay
Imagem ilustrativa - Imagem de Orythys por Pixabay

A Humans Right Watch (HRW), uma organização internacional de direitos humanos, acusou os guardas da fronteira da Arábia Saudita de dispararem tiros e lançarem bombas contra imigrantes procedentes da Etiópia. A denúncia se deu por meio de relatório emitido nesta segunda-feira, 21.

O grupo mencionou no documento depoimentos de testemunhas que teriam presenciado os ataques realizados pelas forças armadas e apresentou imagens que revelam corpos e cemitérios ao longo das rotas migratórias, indicando que o número de vítimas fatais pode alcançar a marca de "possivelmente milhares".

Como destacou a agência de notícias AP, um representante do governo saudita, que falou sob condição de anonimato devido à falta de autorização para fazer declarações públicas, classificou o relatório do Human Rights Watch como "infundado e carente de fontes confiáveis", sem contudo fornecer provas que sustentem essa afirmação.

Etíopes na Arábia Saudita

Dos cerca de 750.000 cidadãos etíopes que residem na Arábia Saudita, 450.000 entraram no país de forma ilegal, conforme dados de 2022 fornecidos pela Organização Internacional para Migração. A maior parte desse movimento populacional é resultado dos conflitos na região de Tigré, no norte da Etiópia, que se estendem há mais de 2 anos.

Tendo o desemprego entre os jovens como argumento, a Arábia Saudita tem implementado uma política que envolve o envio de milhares de indivíduos de volta ao seu país de origem e que vem sendo questionada por órgãos internacionais, 

Em março, a missão da Arábia Saudita junto à ONU, em Genebra, enviou uma carta na qual "refuta categoricamente" as alegações de que o reino está realizando assassinatos "sistemáticos" na fronteira. No entanto, também observou que a ONU ofereceu "informações limitadas", o que impossibilitou a confirmação ou fundamentação das alegações.