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Notícias / Carreta Furacão

Herdeiros de Fofão processam Carreta Furacão: “Cópia mal feita, tosca e horrorosa”

Filhos do humorista Orival Pessini entraram na Justiça contra o personagem Fonfon, entenda!

Fabio Previdelli Publicado em 08/11/2022, às 13h21 - Atualizado em 13/11/2022, às 12h00

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Fonfon e Fofão - Reprodução/ Video e Divulgação/TV Bandeirante
Fonfon e Fofão - Reprodução/ Video e Divulgação/TV Bandeirante

Fenômeno em festas, o grupo Carreta Furacão viralizou na internet e acabou sendo considerado por muitos como um "patrimônio cultural brasileiro". Embalados pelo ritmo de ‘Vem Dançar o Mestiço’, o grupo já estrelou até comercial de TV para uma grande rede de fast-food. 

Mas agora, o grupo enfrenta uma batalha judicial por conta de um de seus personagens: Fonfon. Uma decisão recente do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve uma liminar que proíbe o grupo de explorar o personagem caso não cumpra algums condições. 

Isso porque, a empresa Agência Artística abriu um processo acusando o grupo de plágio, a pedido de Pedro Vasen Pessini, filho do humorista Orival Pessini, falecido em 2016, segundo recorda coluna de Rogério Gentile, do UOL. 

Fofão ou Fon Fon?

Nos anos 1980, Orival Pessini foi responsável pela criação do personagem Fofão, que se tornou um verdadeiro fenômeno no programa “Balão Mágico”, da Rede Globo. Os herdeiros de Pessini cobram R$500 mil por “usurpação de criação artística” por parte da Carreta Furacão, que usa Fonfon em show, apresentações e publicidades. 

O saudoso artista Orival Pessini tinha tanto receio de que seus personagens fossem apropriados indevida e maliciosamente por terceiros, como faz a ré, que um de seus pedidos antes de morrer foi o de que, após sua morte, tanto as máscaras quanto os respectivos moldes de seus personagens fossem destruídos", aponta a Agência. 

Segundo o desembargador José Carlos Ferreira Alves, relator do processo, “aparentemente o grupo criou o personagem Fonfon como forma de burlar os direitos autorais e fazer uso desautorizado do personagem".

O mérito do processo ainda não foi julgado, mas uma liminar determinou que os vídeos com o personagem sejam retirados do ar; porém, Fonfon poderá ter sua imagem explorada pelo período de um ano, ou até o caso ser julgado, desde que seja depositado R$40 mil para cada herdeiro em juízo. 

Carreta rebate

Já a defesa do grupo aponta que a Carreta Furacão, criada em 2002, usa Fonfon como uma paródia de Fofão, “o que não constitui uma violação dos direitos autorais de acordo com a legislação”. 

“Diferentemente do personagem Fofão, Fonfon possui cabelos longos, pelos das mãos e dos pés avermelhados, pele bem branca e usa roupas extremamente coloridas", seguem. "É uma caricata divertida que leva alegria para a população de pequenas cidades. Não há que se falar em plágio!".

Os representantes da família Pessini declararam à Justiça que FonFon "não é uma paródia, mas uma cópia mal feita, tosca e horrorosa do Fofão original".

Estamos sim diante de uma cópia desautorizada e mal-ajambrada de um personagem querido, que evoca a memória afetiva de muitos brasileiros", finalizaram.