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Notícias / Acidente

Homem dá detalhes da morte de idoso que caiu em buraco ao procurar ouro

Nesta última semana, um idoso de 71 anos morreu ao cair em um buraco, que ele mesmo tinha perfurado em sua casa em busca de ouro

Redação Publicado em 06/01/2024, às 07h21

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Imagens do buraco escavado por João Pimenta da Silva - Divulgação/Corpo de Bombeiros
Imagens do buraco escavado por João Pimenta da Silva - Divulgação/Corpo de Bombeiros

Na última quinta-feira, 4, João Pimenta da Silva, 71, morador de Ipatinga, Minas Gerais, morreu após se desequilibrar e cair em um buraco de 40 metros de profundidade, que ele mesmo havia perfurado em sua casa em busca de ouro. Agora, um de seus vizinhos que estava com ele no momento do acidente disse que tentou salvar o amigo, mas não conseguiu. 

“Eu estava aqui trabalhando e ele veio me pedir ajuda para tirar a água do buraco. Tava batendo mais ou menos na cintura. Descemos a bomba e retiramos dois baldes de 18 litros. Ele resolveu retirar a bomba para guardar. Eu falei com ele para deixar para lá porque tava chovendo, parecia que alguma coisa tava tentando me fazer impedir ele. Aí montamos o elevador de novo e ele desceu até a metade do poço, depois ele resolveu voltar”, relembrou o amigo Antônio Wilson Costa à INTER TV MG.

Quando chegou no topo, balanço começou a escorregar e ele ficou preso na corda pelo braço. Eu tentei segurei ele, sozinho, não tinha como pedir socorro. Mas se eu continuasse segurando eu ia junto. Eu só escutei o barulho.", disse o comerciante. 

Segundo repercutido pelo G1, Antônio correu para pedir ajuda, mas quando o corpo de bombeiros chegou ao local, já era tarde demais. Além disso, as autoridades de resgate confirmaram a profundidade do buraco de 40 metros e apontaram que a escavação feita por João era ilegal. 

Outros detalhes

O amigo também esclareceu que a perfuração havia iniciado há seis meses e que ele recebia um pagamento de R$ 250 por dia de serviço. Ele também revelou que eles utilizaram máquinas profissionais e até oxigênio durante as escavações. 

Ele chamou um pessoal lá de Teófilo Otoni, não sei se é biólogo, para avaliar o lugar e começar a cavar. A gente começava, parava um dia, depois continuava. Eu trabalhei até chegar em 19 metros. A gente tinha compressor de oxigênio, martelete, bomba. A procura dele era ouro, mas esse ouro, não tinha de jeito nenhum, nós achamos foi água", afirmou Antônio

Ainda segundo o comerciante, a busca incessante de seu vizinho pelo ouro seria resultado de uma revelação em um sonho: “Ele falava que recebeu uma mensagem que tinha ouro na cozinha da casa dele. Nós procuramos, mas ele não achou. Custou muito caro pra ele”, concluiu Antônio.

Também em uma entrevista concedida à INTER TV MG, Leonardo Schin, capitão do Corpo de Bombeiros, explicou os perigos que o idoso corria.

Existem processos legais que a pessoa tem que ter autorização dos órgãos ambientais porque o solo pertence à União. E tem toda a questão de equipamentos e de impostos que a pessoa tem que pagar. Um risco muito grande que ele correu e veio infelizmente a se vitimar. Porque, ele estava fazendo uma atividade em altura, necessitava de equipamentos de segurança. Há um risco durante o processo de escavação, a terra pode cair e a pessoa ser soterrada", afirmou o capitão.