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Notícias / Alemanha

Condenada, ex-secretária nazista já fugiu de julgamento

Irmgard Furchner, de 97 anos, foi condenada hoje, 20, por crimes cometidos em campo de concentração

Penélope Coelho Publicado em 30/09/2021, às 12h20 - Atualizado em 20/12/2022, às 13h53

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Alemanha move esforços para condenar nazistas - Reprodução/Vídeo/Youtube/CBS
Alemanha move esforços para condenar nazistas - Reprodução/Vídeo/Youtube/CBS

Nesta terça-feira, 20, Irmgard Furchner, de 97 anos, uma ex-secretária de um campo de concentração nazista, foi condenada a dois anos de prisão pela cumplicidade na morte de mais de 10 mil vítimas durante o Holocausto

De acordo com Dominik Gross, juiz do caso, Furchner atuou no campo de concentração de Stutthof, na Polônia ocupada entre 1939 e 1945; onde passaram mais de cem mil víitmas. 

A fugitiva

Em 30 de setembro do ano passado, Irmgard Furchner fugiu antes do início de seu julgamento, o que fez com que o processo fosse adiado, conforme relatou a CNN à época.

Segundo repercutido pela agência de notícias Reuters, um porta-voz do tribunal, localizado na cidade de Itzehoe, perto de Hamburgo (Alemanha), apontou que a idosa estava "fugindo e deixou sua residência em Quickborn esta manhã de táxi na direção de Ochsenhofer Nordenstadt”.

Em silêncio

Já em novembro deste ano, com o julgamento perto de seu fim, a promotora Maxi Wantzen detalhou que a ex-secretária tinha entre 18 e 19 anos na época dos crimes. Furchner também trabalhava como datilógrafa e secretária do líder do campo, Paul Werner Hoppe, tendo um cargo de 'importância essencial' no sistema do campo de concentração.

A promotora também disse que a atuação de Furchner "garantiu o bom funcionamento do campo" e resultava no "conhecimento de todos os eventos e acontecimentos em Stutthof".

Ainda em novembro, a ex-secretária do campo de concentração se manteve em silêncio durante o julgamento. Wolf Molkentin, defesa da agora condenada, chegou a comentar a situação: "Ela não falou e não vai falar, que eu saiba". 

O palco das mortes

O campo de Stutthof, próximo de Gdansk, palco de 65 mil mortes, recebeu "detentos judeus, guerrilheiros poloneses e prisioneiros de guerra soviéticos" que foram assassinados de maneira sistêmica, de acordo com historiadores.

A condenação de Irmgard Furchner compreende mais um capítulo dos esforços da Alemanha para responsabilizar os nomes que atuaram de maneira ativa no Holocausto Nazista.