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Notícias / Instituto Vladimir Herzog

Jornais clandestino da ditadura militar são revelados em acervo digital do Instituto Vladimir Herzog

O projeto do Instituto Vladimir Herzog revela raros periódicos de todo o país

Luisa Alves, sob supervisão de Publicado em 06/01/2023, às 19h36

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Imagem do jornalista Vladimir Herzog - Divulgação / Instituto Vladimir Herzog
Imagem do jornalista Vladimir Herzog - Divulgação / Instituto Vladimir Herzog

Jornais clandestinos e alternativos, raros, que foram publicados durante o período da ditadura militar, foram lançados pelo Instituto Vladimir Herzogem um acervo digital. Os periódicos tratavam de temas relevantes ainda nos dias de hoje, como: fake news e direitos para membros da comunidade LGBTQIA+, mulheres, pretos e indígenas.

De acordo com o Instituto, como repercutido pela Folha de São Paulo, o objetivo do acervo é mostrar como, sem a exclusão de pautas progressistas, ativistas e jornalistas fizeram da imprensa alternativa, um instrumento de luta e de resistência contra a ditadura militar.

O novo acervo é aberto ao público e também conta com 42 entrevistas gravadas de profissionais que, durante o período ditatorial, atuaram na produção jornalística de resistência. Está entre eles, a cartunista Laerte

Inimigo do Rei

O acervo digital contém 10 mil páginas de periódicos de todas as regiões do Brasil, que tratam em suas pautas, além das discussões dos direitos de minorias, de questões como o desmatamento e a pobreza em centros urbanos. Um dos jornais publicados é o "Inimigo do Rei", editado em Salvador entre as décadas de 1970 e 1980.

Nele, foram discutidas questões como a marginalização da maconha, e legalização do aborto e a repressão da polícia a homossexuais, prostitutas e travestis, defendendo em uma manchete de janeiro de 1980, "a prática sexual ampla, geral e irrestrita".

O jornal chegou, 10 meses depois, a incitar seus leitores a "fumar baseado". E comunistas foram criticados por, de acordo com a publicação, se unirem à direita contra oposição sindical.