Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Jornalista

Jornalista russo é condenado a 22 anos de prisão por ‘alta traição’

O jornalista é especialista em questões militares e foi denunciado por ex-colegas de trabalho

Redação Publicado em 05/09/2022, às 19h40

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Jornalista russo condenado a 22 anos de prisão - Divulgação / Youtube / AFP Português
Jornalista russo condenado a 22 anos de prisão - Divulgação / Youtube / AFP Português

Ivan Safronov, um jornalista russo especialista em questões militares, foi acusado de alta traição e condenado a 22 anos de prisão. A acusação aponta que o homem é responsável por transmitir a um perito russo-alemão informações importantes sobre a Rússia.

As informações seriam sobre as operações militares em território sírio e, aos serviços de informação checos, ele teria passado informações sobre elementos sobre a entrega de armas russas na África. O jornalista, por sua vez, rejeita todas as acusações.

O advogado de Ivan, Dmitriy Kachev, pede aos jornalistas que reflitam sobre o próprio jornalismo na Rússia:

Não posso chamar a esta sentença nada mais do que 'inadequada'. Palavras vulgarmente ditas como 'ilegal' ou 'injusto' não podem refletir todo o absurdo que aconteceu hoje e que todos nós testemunhámos. Ivan Safronov recebeu 22 anos — até agora — pelo seu trabalho jornalístico. Quero que cada um de vocês [jornalistas russos], que está agora a olhar para mim, pense se vale a pena continuar com esta profissão — quando uma pessoa recebe 22 anos [de detenção] por ter feito o seu trabalho”.

Ambiente de trabalho complicado

Anteriormente, Safronov trabalhou para dois jornais nacionais russos, o Vedomosti e Kommersant. Em 2019, o jornalista foi obrigado a se demitir de Kommersant e, em maio de 2020, se tornou conselheiro do antigo chefe da agência espacial russa Roscosmos, Dmitry Rogozin.

Segundo a Euronews, o caso dele foi denunciado pelos antigos colegas de trabalho, como uma forma de vingança por seus artigos sobre incidentes embaraçosos que aconteceram no exército russo. As razões dessa “vingança” ainda não foram divulgadas.

No tribunal, em Moscovo, quando a sentença contra o jornalista foi proferida, gritos de "Liberdade" e "Vania, amamos-te" foram ouvidos.