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Notícias / Mundo

Leões abandonados são vistos comendo a própria cauda no México

ONG Black Jaguar-White Tiger tem sido alvo de denúncias

Redação Publicado em 12/07/2022, às 14h09

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Grupo de felinos junto a tratador no santuário mexicano - Divulgação / Facebook / Black Jaguar-White Tiger
Grupo de felinos junto a tratador no santuário mexicano - Divulgação / Facebook / Black Jaguar-White Tiger

A ONG Black Jaguar-White Tiger, que atua desde 2015 na Cidade do México, tem sido acusada de maus-tratos contra os animais silvestres resgatados pela instituição. Segundo testemunhas, a organização teria abandonado centenas de animais, que estariam morrendo de fome.

De acordo com o jornal El Universal, uma investigação contra a ONG e seu fundador Eduardo Mauricio Serio foi aberta pela polícia local depois que vídeos feitos no santuário passaram a circular nas redes sociais. Em alguns deles é possível ver leões magros comendo pedaços da própria cauda.

Segundo informações do UOL, um dos denunciantes do caso, o ativista Yael Ruiz, chegou a trabalhar por dois anos na fundação. Um segundo defensor da causa animal, Arturo Islas Allende, disse ao jornal Mirror que "o santuário está agora sob controle das autoridades" e que "seu dono é considerado um fugitivo da Justiça, sem pistas sobre seu paradeiro". Apesar disso, ainda não há confirmação de um possível mandado de prisão.

"A fundação não tinha a documentação em dia ou as permissões legais [para operar], a realidade é que ela é completamente clandestina", acusou Allende.

Restos mortais de leões

Segundo informações do portal de notícias, inspetores da Cidade do México teriam encontrado, além dos animais com sinais de maus-tratos, fossos no terreno do santuário com os restos mortais de cerca de 200 leões.

"A fundação dizia ter 400 felinos, mas ontem as autoridades fizeram uma contagem e encontraram apenas entre 180 e 190, menos da metade dos animais originais estão vivos", prosseguiu Allende.

O denunciante ainda acusa o dono da instituição de vender filhotes de leões, tigres e leopardos de maneira ilegal. Além disso, ele também aponta a falta de pagamentos para com os funcionários da ONG.

O que diz o acusado

Em vídeo publicado nas redes sociais, Eduardo Serio declarou que "está em paz" e "a espera do desenrolar da denúncia que recebeu". Ele alega que os autores das denúncias estão tentando "desprestigiar seu trabalho", mas que, ao fim da investigação, "as autoridades dirão que ele está certo".

Em sua defesa, Serio declarou que, com a lei que proibiu em 2015 a presença de animais em circos de todo o México, a fundação cresceu de maneira desenfreada. Ele também culpou a falta de engajamento nas redes sociais pelos problemas financeiros enfrentados nos últimos anos.

"Resgato muitos animais, mas quando aprovaram a lei proibindo animais em circos eu acabei resgatando entre 150 e 200 felinos em seis semanas. Obviamente minhas finanças ficaram um pouco comprometidas, isso não é o problema, o problema é que o Instagram mudou o algoritmo e meus posts, que tinham milhares de comentários, começaram a ter quatro ou cinco comentários."

"Todo mundo segue crescendo e a nossa conta não. O número de animais continuava o mesmo, mas as doações não acompanharam", disse o dono da Black Jaguar-White Tiger.