Essa é a primeira vez que o aeroporto passa por tal mudança desde sua inauguração, em 1985; entenda!
Fabio Previdelli Publicado em 14/09/2022, às 15h20 - Atualizado às 19h56
Entre os dias 7 e 8 de setembro, o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, passou por uma mudança pequena, mas significativa, por conta do magnetismo da Terra. Por causa disso, as duas pistas do local tiveram que ser alteradas.
Segundo explica a newsletter Todos a Bordo, do UOL, isso se deve pois, na hora do pouso, os pilotos se baseiam em bússolas para se orientarem em relação à pista de pouso. Porém, com a mudança do campo magnético da Terra, as coisas corriam o risco de não serem mais feitas com a mesma precisão.
De acordo com a fonte, todos os aeroportos possuem números bem grandes pintados nas cabeceiras das pistas; geralmente os valores variam entre 01 e 36. Essas marcações tratam-se do ângulo, dividido por 10, que a bússola magnética de cada avião marca — partindo do norte.
Para facilitar as coisas, o último número da unidade sempre é excluído e caso o valor seja superior a cinco, ele é arredondado para cima. Um exemplo prático é quando uma bússola aponta para a marcação de “070º”, nesse caso o alinhamento será feito com a marcação “07”. Se esse número for de “138º”, ele corresponderia à marcação “14” da pista.
Agora, caso o aeroporto tenha duas pistas paralelas, cada um recebe uma letra de acompanhamento: no caso o “L” de left (para a da esquerda) e o “R” right (para a direita). Caso haja uma pista central, a mesma recebe a letra “C” de center (centro).
No caso do aeroporto de Guarulhos, cada pista possui uma marcação numeral que vai de 27 a 09. Mas a mudança no campo magnético fez com que o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão ligado à Força Aérea Brasileira (FAB), solicitasse a alteração para ser entre 28 e 10.
De acordo com a GRU Airport, empresa que administra o aeroporto, essa é a primeira vez que o local tem que passar por tal mudança desde sua inauguração, em 1985. Já a FAB apontou que a mudança de um campo magnético "ocorre lentamente e, em média, modifica um grau a cada dez anos".
Além das mudanças visuais nas pistas, toda a documentação de navegação do aeroporto também será alterada; assim como sistemas informativos de tráfego aéreo. Esses são os mesmos documentos usados pelos pilotos como referência como material a ser consultado antes de um voo.
