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Notícias / Ciência

Morcegos podem esconder segredo para superar o câncer, sugere estudo

Novas pesquisas apontam que adaptações específicas na evolução dos morcegos pode ser chave para novas descobertas da saúde humana; entenda!

Redação Publicado em 21/09/2023, às 08h19

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Espécie de morcego Pteronotus mesoamericanus, observada no estudo - Foto por Alex Borisenko, Biodiversity Institute of Ontario pelo Wikimedia Commons
Espécie de morcego Pteronotus mesoamericanus, observada no estudo - Foto por Alex Borisenko, Biodiversity Institute of Ontario pelo Wikimedia Commons

Espalhadas por todo o mundo, é quase impossível mensurar a grande quantidade de espécies de animais que existem, o que inclusive faz deles ainda mais interessantes — afinal, cada um pode carregar consigo um conjunto de características únicas e que parecem quase super-poderes. Entre os bichos que mais chamam atenção, alguns que merecem bastante destaque são os morcegos, únicos mamíferos voadores.

A razão para morcegos intrigarem tantos especialistas, no entanto, não se deve apenas à aptidão ao voo que esses animais têm. Na verdade, eles também são conhecidos por contarem com uma expectativa de vida consideravelmente alta, além de sistemas imunológicos robustos e baixas taxas de câncer.

+ Morcegos: Perigo à saúde ou importante para o meio ambiente?

Com isso, recentemente um novo estudo publicado na última quarta-feira, 20, na revista Genome Biology and Evolution, da Oxford University Press, sugeriu que, entre vários fatores, a rápida evolução dos morcegos em sua história pode ter sido a responsável para que essas características genéticas se formassem. Com o estudo, novos aprendizados também sobre a saúde humana podem ser levantados.

Para que a pesquisa fosse desenvolvida, primeiro foram coletadas amostras de DNA de morcegos com ajuda do Museu Americano de História Natural em Belize, onde genomas de duas espécies foram sequenciados: Artibeus jamaicensis e a Pteronotus mesoamericanus. As amostras, por sua vez, foram comparadas a de outros morcegos e mamíferos suscetíveis ao câncer.

Após as análises, os pesquisadores envolvidos no estudo determinaram ter encontrado adaptações genéticas nos morcegos em seis proteínas relacionadas ao reparo de DNA, além de outras 46 proteínas em morcegos que eram ligadas ao câncer.

Morcego da espécie Atribeus jamaicensis
Morcego da espécie Atribeus jamaicensis / Crédito: Foto por Tobusaru pelo Wikimedia Commons

Conclusões

Com o estudo, os pesquisadores descobrirram que os genes específicos de morcegos relacionados ao câncer eram, em comparação com os de outros mamíferos, enriquecidos em até o dobro de vezes. "Continuamos a encontrar novas e extraordinárias adaptações em genes antivirais e anticâncer", escreve Armin Scheben, principal autor do artigo, em comunicado.

Essas investigações são o primeiro passo para traduzir a pesquisa sobre a biologia exclusiva dos morcegos em percepções relevantes para a compreensão e o tratamento do envelhecimento e de doenças, como o câncer, em seres humanos", conclui.