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Notícias / Brasil

Morre, aos 86 anos, Doca Street, condenado pela morte de Ângela Diniz

Segundo familiares, ele não estava doente, mas acabou sofrendo uma parada cardíaca

Fabio Previdelli e Paola Churchill Publicado em 19/12/2020, às 11h18

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Doca Street durante julgamento - Divulgação
Doca Street durante julgamento - Divulgação

Na tarde de ontem, 18, em São Paulo, morreu o empresário Raul Fernando do Amaral Street, também conhecido como Doca Street, condenado a 15 anos de prisão por ter matado a socialite Ângela Diniz com quatro tiros em dezembro de 1976. Ele tinha 86 anos.  

Segundo informações apuradas pelo O Globo junto a familiares de Amaral, ele não estava doente, mas sofreu uma parada cardíaca e morreu no Hospital Samaritano. Doca Street deixou três filhos e netos.  

Após uma relação marcada por brigas e ciúmes, Ângela Diniz foi assassinada por Doca. Na época, foi afirmado que o crime se deu em “legítima defesa da honra”. 

Contudo, a morte de Ângela Diniz causou uma enorme comoção nos movimentos contra a violência doméstica, onde fora ressaltado o descaso que o crime teve. Para se ter ideia da força do caso, foi iniciada a campanha que tinha o slogan “Quem ama não mata”.

Os episódios resultaram numa grande pressão para que um novo julgamento fosse feito e o ex-companheiro pagasse pelo crime.

Após uma forte mobilização social, o milionário passou por um segundo julgamento e pegou 15 anos de prisão, cumprindo apenas três desses anos. Doca lançou o livro Mea Culpa, em 2006, para contar sua versão dos fatos. Ângela Diniz, no entanto, não teve essa oportunidade. 


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