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Notícias / EUA

Mulher que se passou por herdeira irlandesa vai enfrentar acusações de fraude

Smyth, que se passou por herdeira irlandesa, é acusada de ter desviado mais de 170 mil dólares entre 2008 e 2010, repercute o The Guardian

Redação Publicado em 02/07/2024, às 15h35

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Marianne Smyth - Serviço Policial da Irlanda do Norte
Marianne Smyth - Serviço Policial da Irlanda do Norte

Marianne Smyth, nascida nos Estados Unidos e que se passava por herdeira irlandesa para enganar suas vítimas, foi extraditada nesta terça-feira, 2, para o Reino Unido, onde enfrentará acusações adicionais por seus crimes.

Smyth agora é acusada de ter desviado mais de 170 mil dólares de indivíduos através de sua atuação em empresas hipotecárias do Reino Unido entre os anos de 2008 e 2010, explica o The Guardian.

Utilizando de táticas peculiares, como alegar ser uma bruxa, médium e amiga de celebridades, Smyth construiu uma rede de enganos que lhe permitiu desviar uma soma considerável de dinheiro.

Acusações

Dentre suas vítimas, destaca-se um produtor de televisão chamado Johnathan Walton, que perdeu quase 100 mil dólares nas mãos da fraudadora. Posteriormente, Walton foi importante no caso Smyth ao divulgar os delitos cometidos por ela em um podcast de sucesso denominado "Queen of the Con: The Irish Heiress".

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos confirmou a extradição de Smyth na terça-feira, encaminhando quaisquer questões adicionais às autoridades da Irlanda do Norte.

Em declaração oficial, a polícia da Irlanda do Norte anunciou a extradição de uma mulher com as características de Smyth para responder por acusações relacionadas a fraudes.

Smyth foi capturada em fevereiro em Maine, pouco após ser liberada da prisão por fraudar Walton. O podcast narrado por Walton revelou as supostas ações criminosas dela não só nos Estados Unidos como também em Belfast, Irlanda do Norte. Uma dica de um ouvinte do podcast permitiu que Walton localizasse Smyth e informasse as autoridades sobre seu paradeiro.

Dívidas e cães

Em Belfast, já havia planos para a detenção de Smyth desde 2009 após vítimas relatarem crimes. Entretanto, antes que pudesse ser presa, Smyth fugiu, deixando para trás mais do que dívidas; sua filha revelou no podcast que mais de uma dúzia de cães sob seus cuidados foram mortos durante sua fuga.

Em maio deste ano, foi determinado por um juiz magistrado dos EUA que havia evidências suficientes para justificar a extradição de Smyth.

Walton expressou ao veículo internacional sua esperança na justiça: "Dizem que a caneta é mais poderosa que a espada, mas deixem-me dizer-lhes, o podcast é ainda mais poderoso. Meu único desejo agora é que finalmente haja justiça para as vítimas na Irlanda do Norte."

Smyth expressou temores de ser assassinada caso retornasse à Irlanda do Norte, conforme transcrito em documentos judiciais obtidos pelo The Guardian. Seu advogado tentou argumentar contra sua extradição, contudo, não obteve sucesso.