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Notícias / Brasil

Segundo Museóloga, Mobiliário do Império destruído no Senado não poderá ser recuperado

A equipe também encontrou uma tapeçaria de Burle Marx rasgada e molhada com urina: 'Levaremos alguns anos para restaurar todas as peças'

Redação Publicado em 09/01/2023, às 19h24

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Quadro e estilhaços de objetos destruídos durante ataque às sedes dos três Poderes no último domingo, em Brasília - Getty Images
Quadro e estilhaços de objetos destruídos durante ataque às sedes dos três Poderes no último domingo, em Brasília - Getty Images

Nesta segunda-feira, 9, Servidores do Senado Federal convocaram uma reunião para definir as prioridades no processo de recuperação dos itens que foram alvos de vandalismo por parte dos terroristas pró-Bolsonaro, em ataque às sedes dos Três Poderes no último domingo, 8. Entre os estragos, alguns objetos sofreram danos totais e não poderão ser recuperados. 

Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo, a equipe concluiu que "tão cedo o prejuízo não será resolvido", a respeito das inúmeras obras de arte e estruturas danificadas durante a invasão. 

No caso dos móveis de madeira do século XIX, que ficavam na sala da presidência do Senado, e das mesas do extinto Palácio Conde dos Arcos, Maria Cristina Monteiro, coordenadora responsável pelo acervo museológico do Senado, declarou:

São móveis muito antigos, e que não possuem modelo hoje. Por isso, não conseguimos recuperá-los. Eles foram muito danificados. Foram realmente despedaçados. Arrancaram as gavetas, as partes internas [...]".

Obras danificadas 

Sobre os outros itens encontrados pela equipe, incluindo uma tapeçaria do artista plástico e paisagista Burle Marx que foi rasgada, amassada e molhada com urina, os especialistas informaram que, para que tudo seja devidamente reconstruído, serão necessárias pesquisas e análises minuciosas para manter a característica original das peças.

Levaremos alguns anos para conseguir restaurar todas as peças. São muitas coisas para recuperar. Em 2023, a gente só começa o trabalho. As prioridades devem ser os quadros dos presidentes, pois muitas obras de arte exigem compra de material específico [para o restauro]", acrescentou Maria Cristina.

O painel do artista plástico Athos Bulcão, que decora o Salão Nobre, também vai passar por restauração e precisará de uma tinta específica, avaliada em R$ 800 reais, para reconstruir um arranhão de 200 miligramas.