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Notícias / Arqueologia

Na Grã-Bretanha, ossadas revelam casos de peste de 4 mil anos

A descoberta indica uma cepa antiga da bactéria “Yersinia pestis”, que também causou a Peste Bulbônica

Redação Publicado em 30/05/2023, às 18h25 - Atualizado às 18h45

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Fosso de Charterhouse Warren, em foto tirada no ano de 1972 - Divulgação / Tony Audsley
Fosso de Charterhouse Warren, em foto tirada no ano de 1972 - Divulgação / Tony Audsley

Na Grã-Bretanha, a evidência mais antiga de uma peste que foi causada pela bactériaYersinia pestis (a mesma que causa a Peste Bubônica) foi descoberta por um grupo de pesquisadores, que conseguiram identificar três casos de 4 mil anos, segundo uma pesquisa publicada na revista Nature Communications nesta terça-feira, 30.

Os autores do estudo são de diversas instituições, como da Universidade de Oxford; do grupo de pesquisa Levens Local History Group; do Instituto Francis Crick, em Londres e do Museu Wells and Mendip, na cidade inglesa de Wells. Em Charterhouse Warren, no condado britânico de Somerset, os pesquisadores identificaram dois casos de Y.pestis em restos humanos de um enterro em massa.

Já a outra ocorrência foi em um monumento na vila de Levens. Em ambos os locais, os cientistas coletaram pequenas amostras do esqueleto de 34 pessoas. Eles perfuraram os dentes dos mortos e extraíram a polpa dentária, que pode também prender restos de DNA de doenças que são infecciosas, segundo a Galileu.

Dessa forma, foi possível rastrear a presença da bactériaY.pestis. Os três casos aconteceram em duas crianças mortas dos 10 aos 12 anos de idade e em uma mulher que morreu quando tinha entre 35 e 45 anos. Essa peste já foi identificada em vários indivíduos que viveram do período Neolítico Final até a Idade do Bronze.

Causas mortais

Os pesquisadores disseram que as pessoas que morreram faleceram, possivelmente, devido a traumas físicos, além de poderem ter sido infectados pela tal bactéria quando morreram. Pooja Swali, líder do estudo, afirmou: "A capacidade de detectar patógenos antigos a partir de amostras degradadas, de milhares de anos atrás, é incrível”.

Esses genomas podem nos informar da disseminação e mudanças evolutivas de patógenos no passado, e com sorte nos ajudar a entender quais genes podem ser importantes na disseminação de doenças infecciosas”.

Ainda de acordo com Swali, essa linhagem de Y. pestis perde seus genes ao passar do tempo. “Um padrão que surgiu com epidemias posteriores causadas pelo mesmo patógeno”, disse.