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Notícias / Neandertais

Neandertais também comiam frutos do mar, descobre estudo

Pesquisadores concluíram que não eram apenas os Homo sapiens que apreciavam frutos do mar

Redação Publicado em 07/02/2023, às 16h03

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Fotografia meramente ilustrativa de caranguejo - Divulgação/ Freepik/ kuritafsheen77
Fotografia meramente ilustrativa de caranguejo - Divulgação/ Freepik/ kuritafsheen77

Uma escavação arqueológica na Gruta de Figueira Brava, uma caverna à beira-mar localizada no litoral de Portugal, revelou que há 90 mil anos o local forneceu abrigo para um grupo de neandertais que possuía uma dieta rica em frutos do mar. 

Os pesquisadores encontraram restos fósseis de mariscos (tais como mexilhões e amêijoas), e também de caranguejos. A descoberta foi importante por demonstrar que os Homo sapiens não eram os únicos a incluírem animais marinhos em sua dieta. 

Isso, pois, até então, era aceito que o ômega 3 consumido pelos humanos primitivos — que é um ácido graxo encontrado em peixes e frutos do mar em geral — teria sido um diferencial importante em sua alimentação, contribuindo para o desenvolvimento de nosso cérebro atual. 

O artigo científico, porém, comprova que esse cardápio com iguarias vindas do oceano não era exclusivo de nossa espécie, já que era praticada também pelos neandertais.

Nossos resultados acrescentam um prego extra ao caixão da noção obsoleta de que os neandertais eram habitantes primitivos de cavernas que mal conseguiam sobreviver com carcaças de caça grande", explicou a Dra.Mariana Nabais, que escreveu o estudo, em um comunicado repercutido pela CNN. 

Jantar neandertal 

Através da análise de cascas carbonizadas, a pesquisa descobriu ainda que os caranguejos comidos pelos hominídeos da Gruta da Figueira Brava eram cozidos na brasa, sendo submetidos a temperaturas que variavam entre 300ºC e 500°C. Já após o cozimento, a casca dos crustáceos era aberta para que sua carne fosse consumida, de maneira semelhante ao processo que usamos hoje. 

Se esses alimentos eram percebidos como saborosos, refletiam algum tipo de festividade, agregavam valor social a quem os colhia ou tinham outros significados associados ao consumo, está além de nosso entendimento", observou ainda o estudo. 

+ Para conferir o artigo científico na íntegra, clique aqui