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Notícias / Lula

No Jornal Nacional, Lula é questionado sobre 'intolerância da militância do PT'

Lula foi o terceiro entrevistado das sabatinas do Jornal Nacional nesta quinta-feira, 25

Redação Publicado em 25/08/2022, às 22h27

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Lula durante entrevista ao Jornal Nacional - Reprodução/Vídeo/Youtube
Lula durante entrevista ao Jornal Nacional - Reprodução/Vídeo/Youtube

Durante sabatina no Jornal Nacional, o ex-presidente e agora candidato as eleições Luiz Inácio Lula da Silva respondeu perguntas sobre corrupção, economia, estratégias do passado e planos para o futuro em conversa com William Bonner e Renata Vasconcellos. 

Já no final da entrevista, o candidato petista foi questionado sobre a intolerância da militância do PT com 'quem pensava diferente'. Assim, Bonner perguntou se Lulae o PT tiraram lições sobre isso. 

Incialmente, Lula disse que o 'Brasil e a democracia brasileira quando a polarização nesse país era entre PT e PSDB'. 

"Bonner, feliz era o Brasil e a democracia brasileira quando a polarização nesse país era entre PT e PSDB. A gente era adversário político, a gente trocava farpas, mas se a gente se encontrasse no restaurante, não tinha nenhum problema de tomar uma cerveja com o Fernando Henrique Cardoso, com o José Serra ou com o Alckmin, porque a gente não se tratava como inimigo, a gente se tratava como adversário. Sabe?", disse Lula.

Então, Bonner diz que o político não teria problema, mas a militância do partido, sim. O petista, então, compara a militância a torcida organizada.

"A militância é como torcida organizada. A torcida organizada não é a torcida do Flamengo, não é a torcida do Vasco, aquela que briga, aquela que vaia o time. Não, não sei se você viu o jogo do São Paulo, ontem, o Rafinha que jogava no Flamengo, ontem ele engrossou lá no jogo com o Flamengo, e ele e o outro do Flamengo se abraçaram, porque em política é assim. Política é exatamente assim, você tem divergência, você briga, você diverge, você tem divergência programática, mas você não é inimigo", afirmou Lula. 

Bonner volta a questionar o candidato: "Mas, candidato, o senhor passou anos repetindo uma expressão que se consolidou no seu governo dividindo o Brasil entre nós e eles. É um fato". 

Lula, então, responde: "Você já foi em campo de futebol? Você torce para algum time?".

Confira a transcrição do restante da conversa abaixo!

William Bonner: "Não, nesse momento".

Lula:"Eu já fui junto com outros companheiros. É nós e eles. A torcida do Vasco, é nós; a do Flamengo, é eles"

William Bonner:"Mas o senhor não acha que isso estimula a polarização ainda mais?".

Lula: "Não, acho que não estimula a polarização. Ela é saudável no mundo inteiro. Polarização tem nos Estados Unidos, tem na Alemanha, tem na França, tem na Noruega, tem na Finlândia, tem em tudo quanto é lugar. Sabe, toda vez que tem mais que uma pessoa participando de alguma coisa, não tem polarização num partido comunista chinês, não tinha polarização no partido comunista cubano. Agora, quando você tem democracia, quando você tem mais que um disputando, a polarização é saudável. Ela é importante, ela é estimulante, ela faz a militância ir para a rua, ela faz a militância carregar bandeiras. O que é importante é que a gente não confunda a polarização com o estímulo ao ódio. Eu me dou muito bem com o PSDB, que foi meu principal adversário durante tanto tempo. E depois é o seguinte, Bonner, eu aprendi na minha vida a conversar. Eu aprendi a conversar. Se tem uma coisa que eu aprendi a fazer foi negociar, foi conversar com os contrários. Tem uma frase do Paulo Freire que é fantástica, que eu utilizei para mostrar aos militantes do PT a entrada de Alckmin no PT. De vez em quando, a gente precisa estar junto com os divergentes para vencer os antagônicos. E agora, nós precisamos vencer o antagonismo do fascismo, da ultradireita".