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Novo estudo revela curioso ‘fóssil’ galáctico encontrado em galáxia com buraco negro

Essa nova descoberta está a 13 milhões de anos-luz do nosso planeta, na constelação Centauro, e pode evidenciar novos fatores sobre evolução espacial

Isabelly de Lima Publicado em 15/01/2024, às 10h52

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"Fóssil" galáctico encontrado a 13 milhões de anos-luz da Terra - Reprodução / ESO
"Fóssil" galáctico encontrado a 13 milhões de anos-luz da Terra - Reprodução / ESO

Uma equipe de pesquisadores do Goddard Space Flight Center, da NASA, localizado em Maryland (EUA), desvendou um intrigante mistério cósmico ao detectar uma atividade de raios X a cerca de 13 milhões de anos-luz, na constelação Centauro.

Batizada como "fóssil galáctico", a descoberta foi apresentada na 243ª reunião da American Astronomical Society, destacando-se como um marco significativo na compreensão da evolução de galáxias, de acordo com a Galileu.

Os raios X observados delineiam nuvens gigantes de gás frio na galáxia espiral NGC 4945, fornecendo pistas sobre eventos ocorridos há milhões de anos. Kimberly Weaver, astrofísica do centro de pesquisa, liderou o estudo e destaca a importância da descoberta: "O estudo de galáxias próximas como a NGC 4945, cujas observações parecem mostrar um período de transição, nos ajuda a criar modelos melhores de como as estrelas e os buracos negros produzem mudanças galácticas".

A pesquisa foi possível graças aos dados do satélite XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia (ESA), e ao apoio do Observatório de raios-X Chandra, da NASA. NGC 4945, uma galáxia do tipo starburst, onde estrelas são formadas rapidamente, revelou-se como um laboratório celeste para a equipe.

Acreditava-se que a linha de ferro só aparecia em escalas muito mais próximas ao buraco negro. No entanto, na NGC 4945, [o Chandra] nos ajudou a estudar fontes individuais brilhantes de raios X na nuvem para descartar outras possíveis origens além do buraco negro", explica Jenna Cann, coautora do estudo e pesquisadora de pós-doutorado no Goddard.

E agora?

A linha de ferro, detectada a uma distância surpreendente do centro, sugere que o gás frio na NGC 4945 é uma relíquia deixada por um jato de partículas que irrompeu do buraco negro central há cerca de 5 milhões de anos. A hipótese de um jato inclinado para dentro da galáxia indica um vento superpotente que impulsionou o gás frio pela galáxia, potencialmente desencadeando formações estelares.

O próximo passo inclui a monitorização contínua das atividades na NGC 4945 para entender como o buraco negro central impacta o sistema galáctico. As implicações vão além da esfera cósmica, podendo afetar as estrelas e o futuro evolutivo dessa galáxia starbust.

Confira o vídeo publicado pela NASA: