Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Biologia

O papel dos elefantes no controle dos níveis de carbono

Posição importante desses mamíferos na ecologia é identificada; animais seriam “jardineiros” da floresta

Eduardo Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 26/01/2023, às 20h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Manada de elefantes em Botsuana - Cameron Spencer/Getty
Manada de elefantes em Botsuana - Cameron Spencer/Getty

Um novo estudo científico, publicado no periódico PNAS na segunda-feira (23), mostra que os elefantestêm um papel importante no controle dos níveis de carbono das florestas que habitam, exercendo uma função parecida com a de um jardineiro ao controlar o número das espécies de árvores que consomem mais ou menos carbono. As informações são da revista Galileu.

Esse controle acontece porque, nos habitats dos elefantes, existem tanto árvores de madeira leve, que consomem uma baixa densidade de carbono, como árvores de madeira pesada, que consomem mais carbono, retirando-o da atmosfera. Os elefantes preferem comer de árvores de madeira leve, por serem mais saborosas e nutritivas.

Esse consumo maior de árvores que demandam uma baixa densidade de carbono é bom para as espécies que consomem mais carbono e, consequentemente, para o ambiente todo. A competição por luz, espaço e nutrientes se reduz, e as árvores de madeira pesada conseguem crescer melhor. 

Jardineiros em perigo

Outra maneira dos elefantes atuarem como “jardineiros” é pela dispersão de sementes. Quando os grandes mamíferos consomem frutos de árvores de alta densidade de carbono, as sementes passam intactas pelo intestino dos animais, sendo liberadas no esterco, já prontas para germinar.

Esse estudo é mais um alerta para se atentar à preservação dos elefantes, que são caçados em diversas áreas das florestas da Bacia do Congo e da África Ocidental. Os autores do estudo dizem que a população atual dos animais é tão baixa que eles não têm um impacto significativo na ecologia das florestas. Temos poucos jardineiros por aí.

Stephen Blake, biólogo e autor-sênior da pesquisa, diz que dez milhões de elefantes já viveram na África, mas hoje “existem menos de 500 mil”, com populações vivendo em bolsões isolados. O número de elefantes caiu mais de 80% nos últimos 30 anos ou mais. Salvar os elefantes, como Blake explica, também é ajudar a salvar o planeta.